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Barista: dicas para se dar bem na profissão

Barista – Créditos: Divulgação

Barismo como hospitalidade e conhecimento sobre o café, desde extração, degustação, como servir, até a limpar e cuidar de uma cafeteria foram os pontos discutidos na Semana Internacional do Café

Mais do que preparar um bom café, um barista tem que prezar pelo bom atendimento, além de ser multitarefa dentro de uma cafeteria. Estudo, dedicação e treinamento também fazem parte da profissão. Esses são recados deixados por alguns dos baristas que participaram da Semana Internacional do Café.

O painel que recebeu o nome de Trajetórias do café – O início como baristas, reuniu o Diretor da inglesa Notes Coffee, Fabio Ferreira, a Mestre de Torra, Controle de Qualidade e Compra de Café do Cafés Reck, em Strasbourg, França, Daniela Capuano, e o Instrutor, Consultor de Torra e Provador, Danilo Lodi. Durante o bate-papo mediado pela Jornalista Janice Kiss, os especialistas deixaram claro que como acontece em qualquer profissão, há grandes desafios pelo caminho e nem tudo são flores.

“As pessoas gostam de estudar sobre barismo fora do país, mas um primeiro ponto a ser destacado, é a linguagem, o que exige muita dedicação. Além do idioma, existe o sotaque das pessoas de cada país, então é cansativo trabalhar e se aprimorar, e ao mesmo tempo lidar com uma língua e uma cultura diferente”, diz Danilo Lodi, que trabalhou com cafés na Argentina e já atuou com profissionais de diferentes países.

Além da questão do idioma, segundo Daniela Capuano, os brasileiros têm que aprender com os estrangeiros mais sobre disciplina e dedicação, o que são desafios culturais. “Fora do Brasil, os baristas ficam horas e horas treinando, até ficar perfeito, principalmente, para competições, o que não acontece com muitos profissionais do Brasil. Há muitos brasileiros que dizem que não têm dinheiro, incentivo, entre outros, sendo que na verdade, quando se quer mesmo, você vai lá e faz. Deveriam ter mais pesquisas no país para exportar conhecimento”, afirma.

Na opinião de Fabio Ferreira, no momento, a profissão de barista fora do país está mais fácil para quem está começando, do que no início da sua carreira, mas por outro lado, empreender está mais difícil na atualidade.

“Hoje em dia há muitas possibilidades de trabalho e há a questão da indicação, eu mesmo consegui ajudar todo mundo que procurava um trabalho aqui na Inglaterra nesse ramo e que veio conversar comigo. Agora quando o assunto é empreender e criar o próprio negócio, estamos falando de um mercado que agora tem mais jogadores”, explica o Diretor da Notes Coffee.

Durante o painel, os profissionais também abordaram sobre a bolha do café especial, termo que engloba o fato de diversos baristas pelo mundo quererem impor a bebida e doutrinar o consumidor. O assunto também foi discutido durante o painel Fala barista – O desenvolvimento como profissional, que reuniu a Barista, Estela Simões, o Barista, Torrefador e Sócio do Royalty Quality Coffee, Daniel Munari, e o Bicampeão Copa Barista (2011,2016) e Campeão Brasileiro Brewers Cup 2013, Lucas Salomão.

“O café especial deu uma certa arrogância para muitos baristas. Vejo muitos colegas falando para consumidores que eles têm que obrigatoriamente, gostar da bebida porque os baristas são especialistas, estudaram diversos anos, leram muitos livros, ou seja, eles sabem o que é melhor. Nesse contexto, esses profissionais esquecem que barismo é um serviço que envolve hospitalidade. O receber e o servir bem são partes muito importantes da profissão, afinal, o café eu faço para alguém e não posso ficar enfatizando que esta pessoa está errada”, diz Estela Simões.

Assim como a Barista, Daniel Munari acredita que o profissional precisa saber atender da melhor forma, somando isso a um conhecimento dos diversos pontos que envolve o barismo.

“O romantismo de um cliente ir à cafeteria não pode sumir, e por isso é importante trabalhar com a hospitalidade. O barista também deve entender que só fazer café é uma fantasia, ou seja, mais do que saber preparar a bebida, tem que entender sobre extração, degustação, como servir e até limpar e cuidar de uma cafeteria. Hoje em dia, há inclusive, vários caminhos que podem ser seguidos na área, como carreira acadêmica, treinar pessoas, participar do mercado empreendedor, entre outros”, afirma o Barista, Torrefador e Sócio do Royalty Quality Coffee.

Para Lucas Salomão, estudar e saber guardar dinheiro são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento de um barista. “É necessário estudar sobre café e a dinâmica dentro de uma cafeteria. Guardar dinheiro é um detalhe importante, principalmente, para quem um dia quer abrir o próprio negócio”, conclui.

Serviço:

Semana Internacional do Café 2020 – 100% Digital

De 18 a 20 de novembro

#conectadospelocafé

Cadastro gratuito: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

Redes sociais

Facebook e Twitter: @semanadocafe

Instagram: @semanainternacionaldocafe

Sobre a SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) é uma iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Realizada desde 2013 em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do país, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Este ano de 2020, devido à pandemia, foi realizada 100% em plataforma digital. 

Patrocinadores

A edição deste ano tem patrocínio master Nestlé, patrocínio expert Sistema Ocemg e 3Corações Rituais Cafés Especiais, patrocínio specialty Melitta e Sicoob e patrocínio premium Cooxupé, Kahlúa e Montesanto Tavares Group.

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