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Exigências do manganês na soja

Lavoura – Crédito: Shutterstock

A soja é uma cultura exigente em termos nutricionais, sendo que o adequado manejo nutricional é fundamental para alcançar elevados rendimentos. Os macronutrientes são requeridos em maior quantidade (N, K, S e P), enquanto que os micronutrientes apresentam exigência inferior, porém, todos os elementos são vitais para o desenvolvimento da cultura.

Dentre os micronutrientes, o manganês ocupa posição de destaque devido à demanda nutricional da cultura, funções vitais e as interações deste com o manejo aplicado que influenciam na disponibilidade e absorção deste elemento pela planta.

Oxidação

No solo pode apresentar três formas de oxidação, sendo que a maior absorção ocorre na forma Mn+2, com maior disponibilidade em solos ácidos, o que nos leva ao sinal de alerta relacionado ao excesso de calagem, pois aumentará o pH do solo, e consequentemente diminuirá a disponibilidade do manganês para as plantas.

A absorção do elemento pelo sistema radicular é na forma bivalente (Mn+2), porém, esta é afetada pela competição com o magnésio. A translocação do manganês ocorre preferencialmente para os tecidos meristemáticos na forma inorgânica (Mn+2), via xilema.

Ação e reação

O manganês apresenta diversas funções relevantes, como a ativação de enzimas (Mn+2 e Mg+2 são inter substituíveis na ativação de muitas enzimas fosforilativas), a participação na reação de fotólise da água e na evolução do O2 no sistema fotossintético, na formação da molécula de clorofila e na formação, multiplicação e funcionamento dos cloroplastos.

Além disso, atua também no metabolismo do nitrogênio e nos compostos cíclicos, como precursor de aminoácidos, hormônios, fenóis e ligninas (Marschner, 1995; Malavolta, 2006). O Manganês também atua como um importante cofator para várias enzimas-chave na biossíntese dos metabólitos secundários das plantas associados com a via do ácido chiquímico, incluindo aminoácidos aromáticos fenólicos, cumarinas, ligninas e flavonóides (Burnell, 1988).

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O manejo complementar deste elemento é feito via foliar durante o ciclo da cultura, principalmente durante o desenvolvimento vegetativo, sendo que a fonte aplicada influenciará na absorção e translocação deste elemento pela planta.

Há estudos publicados referentes à utilização de quelato de manganês como a melhor fonte para aplicação foliar deste elemento, devido ao elemento metálico estar complexado por uma molécula orgânica de carga negativa, formando complexos estáveis que geram diversos benefícios, tanto para o manejo quanto para a planta.

O quelato promove a absorção mais rápida e maior pela cutícula, melhor solubilidade, com menor reatividade em misturas.

Figura 1: Exemplo de quelatização do manganês

Teste

Neste contexto, avaliamos o fertilizante Mantrilon da Compo Expert, quelato de manganês com 13% do elemento totalmente solúvel em água, na cultura da soja, safra 2019/20. A aplicação foi conduzida juntamente com o glifosato no estádio fenológico V3, na dosagem de 0,4 kg/ha do produto e ao avaliar o peso de mil grãos foi observada diferença significativa perante os demais tratamentos, assim como para o maior rendimento de produção obtido em área com o Mantrilon, 11% de incremento em relação a testemunha.

Gráfico 1. Peso de mil grãos (PMG). MundoAgri, Sorriso (MT), 2020.

Gráfico 2. Produtividade de plantas de Soja em sacos por hectare. MundoAgri, Sorriso (MT), 2020.

Este mesmo protocolo foi conduzido em outra instituição na safra anterior, o qual apresentou resultados similares, com diferença significativa entre os tratamentos para o número de grãos/m2 e produtividade, comprovando que a aplicação conjunta com o glifosato do produto Mantrilon apresentou efeito mitigador do glifosato, com incremento de produtividade em relação à testemunha sem glifosato, de 8% e 20% em relação ao tratamento com a aplicação de glifosato.

Gráfico 3. Produtividade de plantas de soja em sacas por hectare. Integração Agrícola, Hidrolândia (GO), 2019.

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