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Os dois lados da moeda

 

Ricardo AntonioAyub

Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia, doutor em Biologia Celular e Molecular, pós-doutor em Biotecnologia e em Armazenagem de Frutos e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutor e professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Departamento de Fitotecnia

rayub@uepg.br

 Ricardo Antonio Ayub, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa - Crédito Arquivo pessoal
Ricardo Antonio Ayub, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa – Crédito Arquivo pessoal

A cultura do maracujazeiro é suscetível a várias doenças, dentre elas a bacteriose causada por Xanthomonasaxonopodispv. Passiflorae. Esta bactéria, se presente na área, pode dizimar a cultura. Partindo então do princípio que não há doença na área, pode-se pensar em poda.

Novamente, voltamos à discussão, agora de quantas safras o produtor espera poder colher após o plantio. Se a cultura se der em áreas onde existam doenças ou áreas suscetíveis ao aparecimento principalmente da Xanthomonas, frisando novamente a questão, que inviabilizem a cultura por mais de um ano, a poda de produção é desnecessária.

De novo, o maracujazeiro pode ser explorado por até três anos, em áreas comerciais. Neste caso, fazemos a poda de formação, que consiste em deixar apenas um ramo crescer até o arame, e daí despontá-lo deixando-se dois ramos que formarão a estrutura primária da planta, sendo um ramo para a direita e um para a esquerda.

A partir deste ponto, independente se a condução será em espaldeira, onde os ramos secundários crescerão livremente em direção ao solo ou latada, na condução horizontal, após o primeiro ano, o maracujá terá dado dois picos de produção – os ramos primários serão podados a 80cm e os secundários a 50cm, estimulando uma nova brotação de produção.

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Vale a pena?

Em minha opinião, é um risco desnecessário podar o maracujá. Eu faria apenas a poda de ramos secos, melhorando o arejamento da planta, facilitando os tratamentos fitossanitários e diminuindo o peso da estrutura.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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