21.3 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioNotíciasAmazônia concentra 90% da área queimada no Brasil no primeiro bimestre de...

Amazônia concentra 90% da área queimada no Brasil no primeiro bimestre de 2023

Foto de arquivo

A Amazônia foi o bioma mais queimado no Brasil nos dois primeiros meses do ano, com 487 mil hectares atingidos pelo fogo. A área equivale a quatro vezes a capital paraense Belém e representa 90% de tudo o que queimou no país no período. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Monitor do Fogo, iniciativa do MapBiomas em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

“O principal fator para o fogo na Amazônia nesse período é a ocorrência do fogo em formações campestres, principalmente ao norte do Bioma. Ainda que seja um número alto para a época de chuvas, é 25% menor que os 654 mil hectares que pegaram fogo no bioma em janeiro e fevereiro do ano passado”, comenta Vera Laisa Arruda, pesquisadora no IPAM responsável pelo Monitor do Fogo.

Entre os estados em todos os biomas, Roraima foi o que mais queimou nos meses de janeiro e fevereiro. Foram 259 mil hectares, ou 48% de toda a área queimada no Brasil. Roraima, Mato Grosso e Pará, os últimos com 90 mil e 70 mil hectares queimados, concentram 79% do fogo ocorrido no Brasil no período.

“O padrão de área queimada em Roraima pode estar relacionado a características climáticas e ambientais únicas do estado. Roraima está localizado no hemisfério norte, enquanto a maior parte dos demais estados se localiza no hemisfério sul. Dessa forma, enquanto o período de seca em boa parte do país ocorre entre os meses de maio a setembro, em Roraima os meses de seca ocorrem entre dezembro e abril”, explica Felipe Martenexen, pesquisador no IPAM e responsável pelo mapeamento da Amazônia no Monitor do Fogo.

Campos, como os lavrados roraimenses, foram o tipo de vegetação mais afetado: na Amazônia, os 266 mil hectares que pegaram fogo entre janeiro e fevereiro de 2023 eram de formações campestres, ou 55% da área queimada no bioma; no Brasil, a proporção chega a 84% .

“As vegetações campestres têm um papel fundamental na manutenção dos ciclos naturais essenciais para a vida, como o do carbono e do nitrogênio, além de contribuírem para a absorção e distribuição de água pelo solo. Por essa relação interdependente e complementar, medidas de proteção da biodiversidade devem considerar ecossistemas como um todo para serem efetivas”, acrescenta Vera Arruda.

O Cerrado foi o segundo mais queimado em janeiro e fevereiro, com 24 mil hectares atingidos pelo fogo. A época de chuva em regiões do bioma dificulta o alastramento dos incêndios. No total, o Brasil teve 536 mil hectares queimados nos dois meses, uma área 28% do que a registrada no mesmo período em 2022

ARTIGOS RELACIONADOS

Produção de açaí, mandioca, café, cacau e outros gera R$ 24,4 bilhões para a região do Bioma Amazônia

Para promover um desenvolvimento mais sustentável e gerar renda para a região, seria importante tanto focar nos produtos mais associados ao Bioma (como açaí, dendê, mandioca, café) quanto aproveitar o desenvolvimento dos produtos que já estão consolidados, como as commodities agropecuárias (soja, milho e algodão).

Pragas em eucalipto, como combater?

Autora Katia Regina Pichelli Analista da Embrapa Florestas katia.pichelli@embrapa.br Entre as principais pragas do eucalipto destacam-se os pequenos insetos, tais como: pulgões, percevejos, psilídeos...

Árvore madeireira amazônica pode fixar nitrogênio no solo

Pesquisadores descobrem que espécie de árvore madeireira amazônica pode ser uma aliada na fixação de nitrogênio no solo.

Mata Atlântica: por que é o bioma mais ameaçado do mundo?

Grande parte da vegetação da Mata Atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!