Pensando Estrategicamente por Antônio Carlos de Oliveira
Texto publicado originalmente no Diário de Uberlândia
A inflação é muito abordada em nosso cotidiano, entretanto, seu conceito nem sempre é utilizado da forma correta. É muito comum a população não entender direito como funciona e para que serve a inflação, já que se trata de um assunto muito complexo. Entretanto, ela está presente em cada item adquirido, sejam eles bens ou serviços. Deste modo, destacamos o conceito de inflação do ponto de vista de muitos especialistas no assunto, os órgãos responsáveis pelo cálculo da inflação, o orçamento doméstico e sua importância como ferramenta de auxílio para controle de gastos. É relevante destacarmos o histórico do salário-mínimo no Brasil, ressaltando as suas variações no decorrer do tempo.
Existem muitos fatores que podem causar a inflação. Pode ser o aumento de preço de um item básico na economia – o petróleo e energia elétrica, por exemplo – que por sua vez contamina os demais preços de produtos derivados ou que dependam dessa matéria-prima, provocando assim uma alta generalizada nos demais bens e serviços. Podemos considerar também o excesso de consumo, pois os produtos tornam-se escassos pelo excesso de demanda, resultando em um aumento de seus preços interferindo no orçamento doméstico familiar.
O orçamento doméstico é uma forma de organizar as finanças domésticas objetivando criar reservas que possibilitem uma situação mais favorável ou até mesmo a aquisição de bens.
Alguns autores afirmam que a palavra inflação tem origem na ideia de que o aumento dos preços tem como causa a emissão excessiva de papel moeda, deste modo, provoca uma redução no poder aquisitivo.
Atualmente existem alguns órgãos responsáveis pelo cálculo da inflação no Brasil – a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e o Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos (Dieese).
Vamos refletir: Com o descontrole da inflação e as taxas de juros elevadas, é necessário adequar o orçamento familiar e driblar as consequências para a melhoria da qualidade de vida de toda a família. Devido o salário-mínimo ser reajustado conforme a inflação, aumenta-se o poder de compra dos trabalhadores anualmente, alguns produtos causam impacto diretamente no orçamento, por isso é necessário acompanhar os aumentos nesses grupos específicos de bens e serviços. É necessário colocar tudo isso em prática, fazer um gerenciamento adequado para que se consiga administrar o dinheiro disponível.
A inflação possui grande participação no orçamento doméstico, visto que o aumento contínuo e exagerado de preços afeta diretamente a saúde financeira familiar, sendo assim é necessário utilizar o orçamento para reajustar e programar as finanças novamente, em momentos de crise é propício a implementação da educação financeira que é processo educativo que permite o desenvolvimento dos valores e das competências necessárias para melhorar as decisões financeiras.
Existem diversas consequências de uma inflação alta ou descontrolada que atinge diretamente o bolso das famílias brasileiras. Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo, os consumidores (trabalhadores) que não têm reajustes constantes, e não conseguem comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente; os preços dos produtos sofrem reajustes constantes, causa a diminuição de investimentos no setor produtivo, aumenta as taxas de juros, aumenta o desemprego, todos esses itens atingem direta ou indiretamente o orçamento doméstico.
Pensando estrategicamente: … já a geração de riqueza por um indivíduo pode acontecer em diversas esferas de sua vida: profissional, intelectual, espiritual e, principalmente, financeira. Neste último caso, a riqueza é criada com o aumento na disponibilidade de recursos financeiros ao longo do tempo.
Apesar de parecer simples, a Geração de riqueza financeira não é tão fácil de acontecer. Todavia, conhecer as formas de desenvolver essa riqueza vale muito a pena, já que a abundância de recursos traz diversos benefícios, como conforto, segurança e fartura.
A criação de riqueza envolve o conjunto de técnicas e estratégias para gerar mais recursos financeiros para um indivíduo ou para uma empresa.
Vale destacar que ao contrário do que muitas pessoas pensam, a riqueza no mundo não é algo limitado. Em outras palavras, os recursos financeiros somados não representam uma quantia fixa que é distribuída entre os agentes econômicos.
Analogamente, a economia não funciona como uma pizza de tamanho limitado que é distribuída em pedaços desiguais. Caso fosse assim, quanto maior fosse a população mundial, maior seria a pobreza – já que uma mesma quantia seria repartida entre mais pessoas.
Geração de riqueza pelo trabalho é a fonte de toda a riqueza e de toda a cultura, e como o trabalho produtivo só é possível na sociedade e pela sociedade, o seu produto pertence integralmente por direito a todos os membros da sociedade. No caso, todos eles são responsáveis pelo ganho de eficiência operacional, melhoria de margens e aumento do lucro.
A distribuição da riqueza deve ser regida pelos princípios da necessidade e da justiça social e não, apenas e tão-somente, pelos desígnios das forças econômicas dominantes e das relações de poder político e dos processos de decisão que, geralmente, favorecem algumas regiões e grupos em detrimento das regiões mais carentes e das camadas marginalizadas da população.
A riqueza mundial não é algo estático, mas uma variável econômica. Assim, devido à criação de riqueza, foi possível nas últimas décadas e séculos acontecer simultaneamente um aumento populacional e uma elevação do Produtos Interno Bruto (PIB) per capita.