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Pesquisadores foram pioneiros na biologia molecular para resistência ao carrapato

Em 2006, antes ainda do sequenciamento do genoma bovino, pesquisadores já trabalhavam com a Conexão Delta G na coleta de materiais biológicos para a resistência ao carrapato

Antes mesmo do sequenciamento de genotipagem, a Conexão Delta G já ensaiava seus primeiros passos na coleta de materiais biológicos para o projeto de resistência ao carrapato. Criado em 2009 em parceria com o Gensys Consultores Associados e a Embrapa Pecuária sul, com apoio da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), os primeiros materiais utilizados no projeto remete ainda ao ano de 2006.

Mário Luiz Martinez
Créditos: Bernardo Potter

De iniciativa do pesquisador Luiz Alberto Fries, naquele ano ele contactou o pesquisador Mário Luiz Martinez, da Embrapa Gado de Leite, que trabalhava com resistência ao carrapato em gado leiteiro. “Já tínhamos as DEPs tradicionais de resistência ao carrapato e ele começava a trabalhar com biologia molecular. Na época não havia sido completado o sequenciamento do genoma bovino. E ele veio para cá e coletou em propriedades da Conexão sangue dos animais em avaliação de sobreano e os técnicos contaram carrapato, tendo genótipo e fenótipo”, destaca o presidente do Conselho Técnico da Conexão Delta G, Bernardo Pötter.

Os dois pesquisadores faleceram logo em seguida, entre os anos de 2006 e 2007, mas o trabalho deles não foi em vão. Todo o material coletado ficou guardado junto à Embrapa. O genoma bovino só foi completamente sequenciado em 2008 e no ano seguinte, em 2009, a Conexão Delta G juntamente com a Embrapa e o GenSys criou o projeto de seleção genômica para resistência ao carrapato. “Esse sangue ficou no banco de dados. Quando iniciamos o projeto com a Embrapa em 2009, foi solicitado este material coletado e que ajudou inclusive a fazer o volume para o início deste projeto, entrando já com genômica”, observa Pötter.

Atualmente a Conexão Delta G tem aproximadamente 12 mil genótipos de animais totalmente controlados e com fenótipo abastecendo a população de treinamento, a qual é a responsável pela estimação dos efeitos dos marcadores. A seleção genômica para resistência ao carrapato combina dados de contagens de carrapato e de genealogia com informações de DNA, de modo a identificar e selecionar aqueles animais mais resistentes.

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