Chegou a hora da safrinha! Atualmente, no Brasil, 77% do milho cultivado é plantado na segunda safra ou safrinha. E dados levantados pela da Tradecorp do Brasil mostram que, com o uso de inoculantes, é possível obter um incremento na produtividade do milho de até 20%.
Fernando Bonafé, coordenador técnico da Tradecorp, explica que no Brasil o plantio do milho safrinha ocorre entre os meses de janeiro a março. “Os produtores realizam o processo normalmente em sucessão a colheita da soja. Neste ano, em especial, o plantio está atrasado em algumas regiões onde o excesso de chuvas prejudicou o processo de colheita”, diz.
Segundo o coordenador, a elevação do potencial produtivo das culturas depende de alguns fatores bióticos e abióticos de produção, como o equilíbrio químico, físico e biológico do solo, o manejo fitossanitário e de nutrição, e o material genético utilizado. “Na escolha do melhor híbrido é importante considerar a resistência a doenças e pragas, o ciclo de cultivo e a recomendação para a região, além do potencial produtivo”.
Em geral, as sementes de milho já são tratadas industrialmente com os fungicidas e inseticidas.
No manejo das sementes na fazenda ou na aplicação de produtos via sulco de plantio é preciso realizar os tratamentos com os fertilizantes a base de micronutrientes como Molibdênio e Zinco, bioestimulantes com extrato de algas e aminoácidos, e os Inoculantes com Azospirillum e Pseudomonas recomendados para cultura. “O tratamento de sementes possibilita um melhor arranque da cultura, com mais vigor, resistência e nutrição equilibrada, o que é muito importante principalmente na safrinha, quando podemos ter restrição de luz e água”.
Segundo Bonafé, estudos da Embrapa mostram a possibilidade de redução da adubação nitrogenada de cobertura em até 25% com a utilização da inoculação com Azospirillum mantendo a produtividade da lavoura. “Observamos estas melhoras com a utilização dos produtos específicos e”, afirma. “Nossa recomendação é utilizar os inoculantes e manter o manejo de nutrição padrão, com o objetivo de promover o crescimento e o aumento de produtividade”, completa.
A inoculação do milho com bactérias do gênero Azospirillum,potencializa o uso dos fertilizantes, uma vez que são consideradas bactérias associativas. “Com o estímulo ao crescimento do sistema radicular das plantas é possível obter um resultado no incremento do volume de raízesacessando maior área do solo e, com isso,melhor acesso a água e nutrientes. Isso ocorre porque essas bactérias atuam principalmente como promotoras do crescimento vegetal por meio da produção de fitormônios, que estimulam o crescimento e desenvolvimento vegetal”.
O especialista destaca ainda que o monitoramento das lavouras deve ser semanal, principalmente em relação a pragas e doenças. “Para isso é recomendada a realização da análise foliar e utilização do CheckFolha, aplicativo que realiza a análise, interpretação e recomendação de correção via adubação foliar”.