17.6 C
Uberlândia
domingo, maio 19, 2024
- Publicidade -
InícioDestaquesDesenvolvimento do agro enfrenta problemas tecnológicos

Desenvolvimento do agro enfrenta problemas tecnológicos

Produtores relatam falhas no sistema PRODES que alimenta a base de dados do Cadastro Ambiental Rural - CAR, acarretando no embargo indevido de áreas

O uso da tecnologia para a proteção ao meio ambiente com certeza é um avanço ao tema, considerando que  esses sistemas possibilitam o monitoramento de áreas mais sensíveis. Contudo,  ao que muito teria a contribuir, tem causado transtornos aos que são responsáveis pelo desenvolvimento agrícola. A região que mais tem expressado sua insatisfação com o sistema tem sido a de Rondônia.

Os produtores rurais relatam que o sistema PRODES – programa de monitoramento por satélite do desmatamento da Amazônia Legal, tem fornecido informações a base de dados do CAR que não refletem a realidade das propriedades, detectando desmatamento em regiões que não houve intervenção humana.

Segundo a advogada Érica Assunção, do Moreira Garcia Advogados Associados, que têm se debruçado sobre o tema, elementos físicos podem estar atrapalhando o funcionamento do satélite. “Algumas áreas, no momento em que o satélite realiza a captura da imagem, estão com interferência de algum elemento físico (a exemplos de nuvens) e a sua sombra gera na área uma coloração mais escura, pressupondo um desmate naquela região.”, explica.

A especialista aponta que a falha não está exclusivamente na tecnologia, mas especialmente no tratamento das informações coletadas e transmitidas, pois os órgãos estão alimentando a base de dados do CAR sem realizar qualquer conferência ou confronto, pressupondo como 100% confiável.

A consequência da imperícia dos órgãos tem atingido diretamente  as negociações de mercadorias como a soja – tendo ocorrido a incineração de quantia expressiva, em razão da restrição ou embargo da área face à suposta irregularidade. Muitas empresas como medidas de compliance exigem a documentação do CAR como parte da negociação e, por isso, o embargo da área afeta diretamente a economia da região, gerando prejuízos financeiros graves para esses produtores. O mesmo se aplica para transações bancárias para fins de investimento na área, através de financiamento bancário.

A situação tem se agravado, considerando que os produtores não estão sendo notificados quanto ao embargo, nem mesmo a suposta irregularidade tomando conhecimento somente no momento da negociação, gerando uma perda sem tamanho.

“Importante ressaltar a importância da tecnologia no desenvolvimento das medidas preventivas da Administração Pública, e esse fato é reconhecido pelo meio empresarial agro. Porém, o poder público precisa garantir que falhas não venham a prejudicar a economia local”, ressalta Érica.

No momento, o escritório estuda com os produtores as medidas  preventivas e remediáveis para que as possíveis perdas sejam evitadas ou minimizadas.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cigarrinha e enfezamentos do milho desafiam produtores

Produtores que vão plantar milho, na próxima safra de verão ou na segunda safra, em todo o País ...

Cresce demanda por tecnologias que permitem uso sustentável do solo

O agricultor brasileiro está apostando mais em tecnologias, como a agricultura regenerativa,

Projeto global “THE GIGATON CHALLENGE”,

UPL e FIFA Foundation convidam para o lançamento do projeto global “THE GIGATON CHALLENGE”,

Bosch e BASF firmam joint venture para o desenvolvimento de soluções digitais

A Bosch e a BASF Digital Farming assinaram um acordo de joint venture (JV) 50/50 para comercializar soluções agrícolas inteligentes. O acordo da JV foi assinado em 10 de novembro de 2020 e será seguido pela fundação de uma nova empresa com sede em Colônia, que será estabelecida no primeiro trimestre de 2021.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!