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Míldio em alface mesmo em épocas de verão

O míldio em alface desafia até mesmo as altas temperaturas do verão.

Gustavo Hacimoto
Especialista de Desenvolvimento de Produto

Uma das principais doenças de alface no período de inverno, o míldio (Bremia lactucae) tem ganhado importância não apenas nessa janela específica, mas também em períodos em que as condições ambientais tornam-se favoráveis à ocorrência da doença.

Sintomas de míldio
Crédito: Fernando Sala

Isso vem ocorrendo principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram a maior parte da produção de folhosas do Brasil. Nessas regiões, mesmo nos meses considerados de verão (entre dezembro a março), podemos ter relatos de lavouras com incidência de míldio. Isso porque quando há amplitude térmica em que as noites apresentam temperaturas baixas (na faixa entre 12ºC e 20ºC), como é o caso de regiões serranas como Teresópolis (RJ) e Mogi das Cruzes (SP), e na presença de umidade o patógeno é favorecido, podendo causar danos e perdas de mais de 80%.

Os sintomas dessa doença em folhosas são vistas nas folhas mais velhas inicialmente e através de manchas verde-amareladas, delimitadas pela nervura e que podem evoluir ocupando um grande espaço na área foliar. Na parte debaixo das folhas pode apresentar um crescimento aveludado branco.

É importante que o manejo dessa doença seja feito de maneira preventiva, pois após o seu estabelecimento e em condições favoráveis de desenvolvimento ela se torna de difícil controle, podendo causar muitas perdas na lavoura.

Manejo

Dentre as medidas disponíveis, podemos citar:

Uso de sementes oriundas de empresas idôneas;

 Utilização de variedades que possuam um bom nível de tolerância às principais raças de ocorrência em nosso país.

Dicas para um plantio bem sucedido

Vale ressaltar que as populações da doença são dinâmicas e, por isso, o surgimento de novas raças é algo que pode acontecer. Então, mesmo que uma variedade possua um nível de resistência às raças europeias ou norte-americanas, por exemplo, podemos encontrar outras raças além destas no Brasil.

É por isso que devemos ter em mente o conceito de manejo, não apenas utilizar uma única ferramenta para o controle da doença.

Tratamento preventivo

A prevenção deve acontecer desde a fase de mudas, com fungicidas protetores. É igualmente importante evitar plantios muito adensados que prejudiquem a aeração das plantas ou então áreas sujeitas ao acúmulo de água, como é o caso de baixadas.

Realizar a rotação de culturas sempre que possível, com o objetivo de abaixar a fonte de inóculo do patógeno, e manter a nutrição equilibradas das plantas, evitando excesso, deficiência ou até mesmo desequilíbrio entre nutrientes.

Como exemplo, podemos citar que níveis adequados de fósforo, potássio e silício, que podem reduzir a chance de ocorrência da doença. Por outro lado, o excesso de adubação nitrogenada pode favorecer.

A utilização de produtos biológicos pode dificultar o estabelecimento do patógeno. Atenção à quantidade e horário de irrigação, evitando deixar as plantas úmidas no período noturno.

O uso de produtos químicos que tenham registro para a doença é essencial, respeitando também o período de carência para a colheita de um alimento seguro para o consumidor.

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