24.6 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesRamulária provoca perdas de até 75% da produtividade

Ramulária provoca perdas de até 75% da produtividade

Doença é a mais severa da cultura e especialista orienta sobre as melhores práticas de controle e manejo de resistência com produtos químicos.

As últimas safras brasileiras de algodão ficarão na história. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a safra 22/23 será de 3,2 milhões tons, alta de 27% com relação à safra passada e uma produtividade também recorde: 1.931 kg/ha, alta de 21% em relação à registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade registrado na safra 2019/20 (1.802 kg/ha). Para manter os níveis de produção no próximo ciclo, os produtores precisam superar desafios inerentes à safra, como a Ramulária (Ramularia areola), doença que ganhou relevância nos últimos dez anos e, hoje, é a mais severa da cultura.

Algodão
Banco de imagens CNA-Senar

“Uma curiosidade é que o nome científico da doença foi recentemente alterado para Ramulariopsis pseudoglycines. A classificação do agente causal do fungo foi alterada após a análise molecular do mesmo e, hoje, é possível identificar que, na realidade, a doença é causada por outro patógeno, porém sem qualquer outra alteração de manejo ou atuação no campo”, explica Paulo Queiroz, engenheiro agrônomo e gerente de portfólio da FMC.
 

A Ramularia provoca perdas de até 75% da produtividade e pode ser observado em todas as regiões produtoras do algodão, pois sua dispersão é facilitada pela ação dos ventos a partir das primeiras lesões. “Esse fungo gera redução da capacidade fotossintética da planta, fato que impacta o florescimento, a formação e qualidade da fibra, provoca o desfolhamento precoce e a queda da produtividade. Os sintomas iniciais são pequenas lesões anguladas, delimitadas pelas nervuras, nas folhas mais velhas e durante a fase de reprodução da planta”, detalha Paulo.
 

Com o desenvolvimento da doença, é possível observar manchas de coloração branca com aspecto pulverulento. O fungo inicia na parte inferior da folha e pode progredir para a superior quando as condições do ambiente forem de alta umidade.
 

No entanto, de acordo com estudos, o manejo para a Ramularia tem enfrentado desafios que exigem atenção do agricultor. Atualmente, são feitas em média, 8 aplicações de fungicidas para as doenças no algodão. Produtos à base de carboxamidas, por exemplo, são aplicados até três vezes durante o ciclo e junto a boas práticas, como a rotação de produtos com distintos mecanismos e ingredientes ativos, atenuam a pressão de seleção sobre os patógenos e a seleção de populações resistentes aos fungicidas”, orienta o gerente.
 

As boas práticas de manejo ainda incluem a escolha correta da época de plantio, a utilização de sementes certificadas e a utilização de cultivares com tolerância às doenças, o bom preparo de solo, a adubação equilibrada e o manejo de plantas daninhas oriundas de cultivos remanescentes. Somadas, essas táticas colaboram para o sucesso da lavoura e da rentabilidade.
 

Para contribuir com esse cenário, a FMC, empresa de ciências para agricultura, trouxe para o Brasil o Onsuva®, um produto formulado com uma carboxamida inédita, o fluindapir, e um triazol, referência na cultura, o difenoconazole. “Essa solução apresenta alta performance e seletividade superior, reafirmando o propósito da companhia de investir em pesquisa e desenvolvimento para tornar o agronegócio cada vez mais produtivo e sustentável”, diz Paulo.
 

Na cotonicultura, o fungicida protege a produtividade e aumenta a qualidade da fibra, evitando perdas de área foliar, possibilitando assim, que a planta tenha condições essenciais para seguir o seu desenvolvimento pleno.

O produto ainda é indicado para o controle da Ramulose (Colletotrichum gossypii) e da Alternaria (Alternaria macropsora) e recomendado para alternância dos ingredientes ativos utilizados no manejo e consequente redução da pressão de seleção dos patógenos.
 

“O Onsuva é um fungicida com a mais alta tecnologia e estratégico para o cotonicultor, pois, além de eficiente, leva ao campo uma formulação inovadora para todo o sistema produtivo do algodão”, destaca o engenheiro agrônomo.

ARTIGOS RELACIONADOS

Máximo potencial produtivo

Boa parte da agricultura brasileira, um país tropical e sujeito a variações climáticas intensas ...

Com produtividade recorde em oito estados, projeção para safra de soja atinge 155 milhões de toneladas

Desempenho verificado pelo Rally da Safra em diversas regiões produtoras supera resultados negativos do Rio Grande do Sul.

Produtividade do cafeeiro é discutida na Fenicafé

Palestra sobre os fatores que afetam a produtividade é realizada durante a maior feira de cafeicultura irrigada do país.

Quatro soluções para produtividade no setor sucroenergético

O Brasil é historicamente o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, movimentando cerca de US$ 40 bilhões da economia nesse mercado, de acordo com a União da...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!