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A bubalinocultura de sucesso está ‘cercada’

Por Vanessa Amorim Teixeira, médica-veterinária, mestre e doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e analista de mercado agro da Belgo Arames.

Vanessa Amorim Teixeira
Créditos: Divulgação

A Mesopotâmia é considerada o berço da civilização. Há cerca de 10 mil anos, o surgimento da agricultura fez com que grupos de pessoas deixassem de ser nômades e se fixassem na região. Sua maior parte pertence hoje ao continente asiático, onde fica a China – cuja história também é intrínseca a esse processo. Nesses dois locais, muitos milênios atrás, acredita-se que tenham sido domesticados os primeiros búfalos (espécie de origem indiana). Esses animais começaram a ser exportados para o Brasil a partir do século XIX, chegando à Ilha do Marajó. Atualmente, o Brasil detém o maior rebanho do Ocidente com potencial para a criação, produção e melhoramento genético de búfalos para o mundo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2021, havia mais de 1,5 milhão de búfalos – 68% deles concentrados no Norte, mas com presença em todas as demais regiões. Esse efetivo tem sido utilizado, especialmente, pela sua diversidade de criação, qualidade das proteínas e pela adaptabilidade e rusticidade dessa raça a diversas condições climáticas. Outras características relevantes são a mansidão que esses animais apresentam através do manejo, a produção de carne, leite e a força de trabalho na agricultura familiar, como animais de tração.

Pesquisas indicam que tanto a carne quanto o leite dos búfalos são mais saudáveis do que de bovinos, porque apresentam menor teor de gordura saturada e colesterol e maior teor de proteínas e cálcio. Entretanto, o manejo dessas duas espécies (bovinos e bubalinos) é bem distinto e para melhorar os índices de produtividade alguns critérios devem ser observados.

A rusticidade e a adaptabilidade dos animais diante das diversas condições climáticas são determinantes para o fato da bubalinocultura ser uma atividade crescente no Brasil. Mas para isso, é preciso entender que o conceito de termorregulação fisiológica e exigência nutricional estão diretamente ligados ao bem-estar e à produtividade dos búfalos.

Os bubalinos, por exemplo, necessitam passar bastante tempo em locais úmidos para atingir a temperatura corporal ideal, pois essa espécie possui menos glândulas sudoríparas em relação aos bovinos, por exemplo, e sua pele escura apresenta uma espessa camada de epiderme, fazendo com que eles sejam menos eficientes na termorregulação corpórea. Dessa forma, sabemos que situações de estresse térmico reduzem a eficiência zootécnica das mais diferentes espécies animais, e no caso na bubalino cultura isso é ainda mais acentuado.

Da mesma forma, se não atendermos às suas demandas nutricionais e sociais, os búfalos ficam tentados a procurar outros ambientes mais agradáveis, onde possam suprir suas necessidades. E é justamente aí que começam os problemas: eles podem causar acidentes, pois se tornam agressivos em situações de estresse, e sua grande força pode contribuir para a destruição de cercas pouco eficientes.

Nesse caso em particular, é preciso que a ancoragem das cercas tenha palanques bem feitos e sustentados. O uso de materiais de qualidade, como da tela Belgo Strada®, também ajudam a evitar fugas de animais para rodovias. O uso de telas consorciadas à condutividade elétrica é recomendado. É o caso de ZZ-700 Bezinal®, que suporta impacto de 700 kgf e é recomendada para cercas rurais em terrenos planos e regiões alagadiças de alta corrosão – ambientes preferidos pelos búfalos. Este arame ovalado possui camada tripla de zinco e se soma a uma série de benefícios para proteção e segurança dos búfalos, essa cadeia produtiva fantástica, presente no Brasil há quase 200 anos.

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