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domingo, abril 28, 2024
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Adubação de enxofre no milho

Foto: Shutterstock

Vinicius Lima Cardoso
Graduando de Engenharia Agronômica – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
limavinicius924@gmail.com
Lucas Guilherme Araujo Soares
Técnico em Agropecuária e graduando em Engenharia Agronômica – UFRA
lucasifpa@gmail.com
Thiago Feliph Silva Fernandes
Engenheiro agrônomo e mestre em Fitotecnia – UNESP
thiagofeliphh@gmail.com

A aplicação de enxofre é considerada uma prática agrícola essencial para o adequado desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das culturas, em especial a cultura do milho, pois desempenha funções estruturais, processo de respiração, síntese de proteínas e vitaminas. Dessa forma, manter os níveis adequados e/ou suplementar as lavouras com esse nutriente é de fundamental importância para se manter altas produtividades nas lavouras.

Com isso, a análise de fertilidade do solo é uma primeira etapa essencial para se determinar os níveis de enxofre presentes na lavoura, pois a maioria dos solos brasileiros apresentam alta acidez e baixa disponibilidade de alguns nutrientes, em especial o enxofre.

Além disso, por ser um elemento móvel no solo, é necessário que se faça a análise química do perfil em duas profundidades: 0 a 20 cm e 20 a 40 cm. Posteriormente, a etapa de coleta e envio da amostra de solo para análise química e constato teores de S em níveis críticos.

Recomenda-se suprir esse nutriente no solo com fontes de gesso agrícola (15% de S), superfosfato simples (12% de S) e enxofre elementar (98% de S), sendo que também existem fórmulas N-P-K que contêm S.

Essencialidade

Sendo considerado um macronutriente, o enxofre, se comparado aos demais macronutrientes, como nitrogênio, fosforo e potássio, não tem a devida atenção, sendo visto como nutriente de menor importância.

No entanto, sabe-se que o mesmo desempenha papel fundamental no desenvolvimento das plantas, compondo alguns aminoácidos e proteínas, e regendo o desenvolvimento vegetal por meio da atividade hormonal, auxiliando na absorção de alguns outros nutrientes, como o nitrogênio e até fortalecendo a fitossanidade das plantas cultivadas, tanto no que diz respeito a pragas como a doenças.

No milho

O enxofre que é extraído do solo via solução na cultura do milho, se comparado a outras culturas, não é tão significativo, como a mandioca, que na ordem de extração tem o enxofre em primeiro e o nitrogênio em segundo.

Nas lavouras de milho, de uma forma geral, as quantidades de enxofre a serem aplicadas dependem se a lavoura de milho será destinada para silagem ou grão.

Tendo em vista que o enxofre está presente em maior parte na matéria orgânica, solos com teores altos de área têm maior propensão à deficiência do nutriente citado, o que é facilmente observado por diagnose visual das plantas de milho da lavoura, com amarelecimento das folhas mais novas, visto que é um nutriente de baixa mobilidade na planta.

Quando aplicar?

O enxofre deve ser aplicado quando a exigência da cultura não conseguir ser suprida com os teores do nutriente presente no solo, o que deve ser observado pelo responsável técnico no boletim da cultura do estado de referência e na análise de solo da gleba, não havendo uma quantidade padrão.

Como dito anteriormente, o enxofre é um nutriente essencial, compondo moléculas orgânicas. Dessa forma, sua ausência pode gerar redução da altura, da área fotossintetizante e, consequentemente, da produção agrícola.

Dessa forma, sua presença permite que a planta complete seu ciclo de vida, expressando seu máximo potencial, conseguindo produzir de forma satisfatória.

Resultados em campo

Em estudo feito em ambiente controlado, foram testadas diferentes fontes de enxofre no desenvolvimento inicial da cultura do milho, num solo com textura predominantemente arenosa.

Dentre elas, a que mostrou resultados mais significativos foi a aplicação de gesso, com o complemento da aplicação via foliar.

O custo-benefício dessa operação depende de uma série de fatores, como o histórico da área, tipo de solo, clima e condições do agricultor. De maneira geral, o custo benefício é bom, tendo em vista que as quantidades são razoáveis, permitindo, dessa forma, favorecer que a planta expresse seu máximo produtivo. Além disso, o enxofre reduzi o acometimento do milho ao ataque de insetos e doenças

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