O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) traz ao Brasil, pela segunda vez, o que há de mais avançado a nível mundial, em termos de manejo e melhoramento genético referente ao mogno africano. A presença do aclamado engenheiro florestal Simon Penfold no 2° Workshop Internacional de Mogno Africano (29 de abril de 2015 em São Paulo (SP) reflete a vontade do setor em trazer para o Brasil informações detalhadas e unificadas sobre as melhores práticas para a gestão de florestas de mogno africano.
 Neste segmento, a cultura australiana conta com décadas de avanço em relação à brasileira, enfrenta condições mais áridas do que as nossas e por isso tiveram que desenvolver formas de manejo que lhes permitem tirar o máximo rendimento das suas florestas. “Na Austrália temos condições bastante adversas, nada parecidas com as que encontramos no Brasil. Considero que este país tem capacidade para se tornar referência na produção desta espécie, e o Instituto Brasileiro de Florestas está liderando em termos de fornecimento de soluções completas dentro deste segmento“, comenta Simon.
O mogno africano encontra-se já adaptado em quase todas as regiões do Brasil. O crescimento rápido, a excelente qualidade do produto final, a efetiva procura, principalmente nos mercados europeu e norte-americano, o alto valor financeiro e as condições de solo e climáticas que o Brasil oferece, tornam esta espécie uma das melhores opções de investimento que existem no meio rural.
O mogno africano vem atraindo não só os investidores brasileiros, mas também de fora do país, nomeadamente da Europa, com quem o IBF está em avançadas negociações a fim de que estes empresários invistam na criação de florestas de mogno africano no Brasil. Assim sendo, no início do segundo semestre de 2015 será inaugurado o primeiro escritório na Europa com intuito de aproximar estes investidores às demandas do Mogno Africano no Brasil.
Cadeia de produção
Estima-se que a cadeia produtiva do mogno africano no Brasil tem capacidade de movimentar mais de R$ 1,5 bilhão por ano, considerando o conjunto das operações, desde a semente até a venda do produto, e já possui um parque de cerca de 15 mil hectares de mogno africano plantados.
O manejo correto prevê o plantio de 1.666 árvores por hectare no espaçamento 3×2 m e o desbaste de metade da floresta no 4° ano. Esse subproduto, até hoje sem valor comercial significativo, está sendo comercializado pelo IBF na Europa a uma média de 180 Euros por tonelada, o que corresponde a 10 vezes mais o valor da tonelada quando comparado a outras culturas mais usuais nos plantios brasileiros.
Esse alto valor se deve ao nicho de mercado encontrado pelo IBF, que deve ser aumentado conforme a disponibilidade do produto primário (toras de quatro anos) no Brasil.
Dados técnicos e financeiros:
Investimento de implantação/ha |
R$ 25.000,00 |
Manutenção |
R$ 25.000,00 |
Valor do m³ de madeira beneficiada |
R$ 2.500,00 |
Valor do m³ madeira não beneficiada |
R$ 1.225,00 |
Produção de madeira beneficiada/há |
400 m³ |
Retorno/ha de madeira beneficiada |
R$ 1 milhão |
Retorno/ha de madeira não beneficiada |
R$ 686.000,00 |
Mercado |
Madeireiras, empresas de beneficiamento de madeira, distribuidores de madeira e grandes centros de processamento. |
Aplicações |
Produção de mobiliários de primeira linha, acabamentos em barcos e carros de luxo, pisos, instrumentos, entre outros. |
Duração do Ciclo |
17 anos |
Árvores/há |
1.666 |
Espécies mais procuradas |
K. senegalensise K. ivorensis |
Densidade da madeira |
De 550 a 900 kg/m³ |
Coloração |
Amarelo claro ao vermelho |
Maiores centros consumidores |
Europa, Estados Unidos e China |
Altura comercial das toras |
2,5 m |
Valor agregado
Com o cerne formado e ocupando 70% do diâmetro da árvore, o valor do metro cúbico, beneficiado, posiciona-se nos R$ 2.500,00. Esta característica confere ao produto padrões de resistência, densidade, usinagem, além de coloração adequada ao mercado moveleiro.
Podemos considerar que uma produção de 400 m³ por hectare seja perfeitamente tangÃvel com o manejo correto, alcançando facilmente o faturamento bruto de R$1 milhão por hectare, considerando a madeira seca e reaparelhada de forma adequada no pátio da propriedade.
Com intuito de realizar o manejo de Mogno Africano de uma forma otimizada no Brasil, o IBF espelha-se na experiência na Austrália, que já possui manejo de mogno africano há décadas. Neste contexto, temos uma parceria muito firme com Simon Penfold, da AMA – AfricanMahoganyAustralia – e da AMG – AfricanMahoganyGenetics ” na busca em primeira mão das tecnologias e práticas mais avançadas do segmento no mundo, possuindo estruturas permanentes pela África e laboratórios de clonagem na Índia, o que permite a gestão de mais de 30 mil hectares de floresta de mogno africano só na Austrália.
O 2º Workshop Internacional de Mogno Africano visa disseminar ao máximo estas informações, fornecendo aos empreendedores as melhores práticas quanto ao manejo da espécie. Saiba mais sobre o evento no site oficial: www.workshopmognoafricano.org.br