Mariana Caroline Guimarães Xavier
Graduanda em Agronomia ” Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Carlos Antônio dos Santos
Engenheiroagrônomo edoutorando em Fitotecnia – UFRRJ
Margarida Goréte Ferreira do Carmo
Engenheiraagrônoma, doutora em Fitopatologia e professora – UFRRJ
O crescimento do mercado de hortaliças diferenciadas e com apelo nutricional e visual, e ao mesmo tempo que sejam de uso prático no dia a dia, vem favorecendo a expansão e diversificação de um segmento conhecido como baby leaf.
Baby leaf nada mais é do que hortaliças folhosas ou não, que têm suas folhas colhidas precocemente, ou seja, antes de sua completa expansão. Esta colheita precoce garante a obtenção de folhas de tamanho reduzido, visualmente atrativas, com textura macia, leves e de sabor pronunciado.
No geral, qualquer cultivar folhosa de interesse comercial pode ser direcionada para a produção de baby leaf. Atualmente, as mais comumente utilizadas são alface, rúcula, almeirão, manjericão, espinafre, chicória, acelga e agrião.
No entanto, também podem ser utilizadas as folhas de outras hortaliças não folhosas, como a beterraba ou rabanete, por exemplo. Na comercialização do baby leaf usualmente se utilizam folhas com tamanhos variando entre 5,0 a 15 cm de comprimento, a depender da espécie e de sua forma de utilização.
Consumo
O segmento de baby leaf já se encontra consolidado em regiões como Europa, Estados Unidos e Japão, e tem ganhado espaço no mercado brasileiro em função das demandas do consumidor moderno que busca por novos produtos e de melhor qualidade.
As folhas “baby“ compõem um nicho de mercado muito atrativo para os consumidores, especialmente os de maior poder aquisitivo e que priorizam praticidade e variações de sabor e decoração dos pratos.
Neste mercado estão chefs de cozinha, que utilizam as folhas na elaboração de pratos requintados e bem decorados, além de restaurantes e buffets que objetivam proporcionar uma experiência diferenciada ao consumidor.
O mercado de baby leaf é favorecido pela tendência de famílias cada vez menores e que desejam consumir hortaliças no seu tempo, o que evita o desperdÃcio. Devido às suas características diferenciadas e únicas, essas folhas também despertam a atenção das crianças, incentivando o consumo.
No mercado, as hortaliças baby leaf podem ser comercializadas na forma de uma única espécie, soltas ou em maço, ou em um mix contendo espécies variadas buscando-se compor um produto com cores, texturas e sabores diversos. Como forma de agregar em sua praticidade, as folhas baby podem ser comercializadas lavadas e higienizadas, prontas para o consumo.
Valoragregado
O cultivo de hortaliças destinadas a baby leaf apresenta maior valor agregado e se mostra vantajoso para os produtores que buscam produtos mais rentáveis. A possibilidade de cultivo em pequenas áreas e a colheita antecipada permitem vários ciclos em um curto espaço de tempo e garantem rentabilidade mais estável que as hortaliças tradicionais. Outro ponto que agrega valor é a comercialização de folhas prontas para o consumo, que são valorizadas pelo consumidor atual.
Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.