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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Brássicas como condicionadores de solo

Autores

Thiago Picinatti Raposo
Diretor técnico – HF Fênix
thiagopicinatti@yahoo.com.br
Marco Aurélio Aparecido Emerencio
Diretor operacional – HF Fênix
marcoaurelioemerencio@gmail.com
Victor Marcio da Silva
Diretor administrativo – HF Fênix
Elvis Wilson de Matos
Diretor comercial– HF Fênix
Cleuber Barbosa
Consultor técnico de vendas – Bejo Sementes
Fotos: Thiago Picinatti

As brássicas sempre foram utilizadas como culturas subsequentes e não para rotação, até que os cerealistas da região sul do País começaram a introduzi-las como uma alternativa à rotação de cultura para o cultivo de trigo a canola, da família das brássicas, trazendo como vantagens a diminuição dos problemas de doenças que afetavam esse cereal (redução de inóculo de fungos necrotróficos que comprometem o rendimento e qualidade de trigo, a exemplo do Fusarium graminearum e Septoria nodorum) e oportunizando a produção de óleos vegetais no inverno.

Já nos produtores de FLV, como a canola não atende o mercado, então buscamos como alternativas o repolho, couve-flor e brócolis, tendo assim uma rotação de culturas eficiente no controle de patógenos e viável economicamente, trazendo para o produtor mais uma possibilidade de ganho sem a troca de área.

O repolho possui o FR (fator de reprodução) para nematoides mais baixo dentre as culturas com viabilidade econômica em FLV´s, que hoje é um dos maiores ou o maior problema que os produtores de cenoura, beterraba e outras culturas têm tido. Grande parte dos cultivos de repolho vem tomando conta dos pivôs centrais, por sua grande versatilidade tanto de manejo, comercialização como na rotação para estas culturas.

O cultivo de hortaliças em áreas subsequentes impõe a necessidade de diminuição da população de patógenos. Sendo assim, a utilização de culturas comerciais de diferentes famílias é a melhor alternativa.

Manejo

Preparo de solo:

Ü Calagem utilizando o método da saturação de bases elevando o V% para 70 em função da análise de solo;

Ü Plantio de Brachiaria ruziziensis 60 dias antes do repolho, como adubação verde e estruturação do solo;

Ü Plantio manual, adubação de base e cobertura em função da curva de extração da cultura e teores dos nutrientes contidos na análise de solo;

Ü Controle de plantas daninhas com cata manual;

Ü Controle de doenças e pragas baseado no monitoramento e níveis de controle (MIP), utilizando produtos biológicos e químicos registrados para a cultura.

Por onde começar

Antes de tudo, é fundamental o acompanhamento de um engenheiro agrônomo qualificado, levando em conta as exigências climáticas da cultura, bem como a aptidão agrícola da região, com suas características sociais e econômicas.

A cultura do repolho, como toda hortaliça, exige grande investimento em função da alta necessidade de mão de obra, altas adubações, dispendioso controle fitossanitário e alto custo dos produtos de baixa toxicidade. Por se tratar de uma folhosa, o resíduo de agrotóxicos é intolerável.

Ainda, sua alta perecibilidade provoca grandes perdas, tanto durante o cultivo como em pós-colheita. A taxa de retorno da cultura está em 5%, isso se a cultura for plantada durante todo o ano, quando se obtém as médias de preço variando nos meses de baixa e alta de mercado.

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