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Crébio José Ávila
Engenheiro agrônomo, doutor em Entomologia e pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste
A broca-do-colmo é uma importante praga para as gramÃneas de um modo geral, mas é considerada uma das principais pragas da cana de açúcar. Tem importância econômica nas culturas de arroz, cana-de-açúcar, milho, pastagens, sorgo e trigo.
Sintomas
O inseto faz a postura nas plantas e as lagartas após a eclosão penetram no colmo do milho, abrindo galerias no sentido horizontal e vertical. Quando essas galerias são circulares e geram uma região de fraqueza no colmo, que pode proporcionar o tombamento da planta.
Em decorrência do dano do inseto, pode também ocorrer a seca dos ponteiros, conhecida como “coração morto”, especialmente quando o ataque da praga ocorre em plantas mais novas. As galerias abertas pelas lagartas também servem de entrada para inúmeros fungos que causam podridão no colmo do milho.
Prejuízos
Os prejuízos são maiores em áreas onde ocorrem ventos moderados a fortes, pois provocam a quebra da planta abaixo da espiga, antes do enchimento total dos grãos, sendo que as plantas tombadas não são colhidas mecanicamente, ocorrendo quebra no rendimento de grãos.
O quebra do colmo do milho pode também gerar aumento no custo de produção, uma vez que há a necessidade de colheita manual complementar das espigas de milho que estão no chão.
Prevenção
Caso o cultivar do milho seja convencional (Não Bt), o produtor deve ficar atento e monitorar a ocorrência de lagartas pequenas da praga na lavoura, preferencialmente antes da lagarta penetrar no colmo, uma vez que o controle químico da lagarta necessita ser realizada neste momento.
Em áreas próximas de canaviais existe uma maior probabilidade de ocorrência da praga, situação em o produtor deve ficar mais atento. Caso o produtor opte por utilizar um material transgênico Bt, não há necessidade do monitoramento, pois esses materiais têm proporcionado um bom controle de praga em condições de campo.