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Cenoura: Opções em híbridos

Elisamara Caldeira do Nascimento elisamara.caldeira@gmail.com

Talita de Santana Matos talitasmatos@gmail.com

Doutoras em Agronomia – Ciência do Solo

Glaucio da Cruz Genuncio Doutor e professor adjunto FAAZ – Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)glauciogenuncio@gmail.com

Cenoura – Crédito Shutterstsock

A cenoura é cultivada em todo território nacional e ocupa área equivalente a cerca de 30 mil hectares, com a produção de 900 mil toneladas de raízes. A média de produtividade da cenoura no Brasil gira em torno de 30 toneladas por hectare, mas em regiões mais tecnificadas e que usam sementes híbridas, este valor muitas vezes pode alcançar 80 toneladas por hectare.

No cultivo de cenoura, a utilização de sementes híbridas associadas à tecnologia de mecanização, como as semeadoras a vácuo de alta precisão, possibilitaram ao produtor uma redução de custos e uma melhor uniformidade na distribuição das sementes e, consequentemente, melhor uniformidade no tamanho das raízes e classificação.

Há diferentes sistemas de produção de cenoura utilizados no Brasil, mas não é incomum encontrar produtores que estão realizando a colheita mecanizada. É possível encontrar colhedoras operando em algumas regiões do Cerrado, agilizando o processo de colheita e reduzindo os custos de produção.

Diante desta realidade, programas de melhoramento de diversas empresas privadas e públicas vêm investindo no desenvolvimento de cenouras tropicais e novos materiais, mais adequados e adaptados às diferentes regiões do Brasil, buscando introduzir no mercado materiais que atendam às exigências tanto dos produtores quanto dos consumidores.

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Outro ponto importante, além da produtividade, ao se optar por híbridos, é a resistência das plantas ao ataque de patógenos. Durante o cultivo de verão, o fator considerado mais limitante para a produção de cenoura é a ocorrência de doenças, como a queima-das-folhas.

Trata-se de um complexo causado por dois fungos, Alternaria dauci e Cercospora carotae, e uma bactéria, Xanthomonas campestris pv. carotae. Estes patógenos podem ser encontrados em infecções múltiplas ou não, na mesma estação de cultivo, planta, ou lesão, dependendo da região, ano e manejo da cultura.

Ocorrência

Esta doença ocorre sobre as folhas principalmente nos períodos de altas precipitações e temperaturas elevadas, podendo danificar drasticamente a área foliar e prejudicar o crescimento das raízes.

O desenvolvimento e a escolha correta de sementes adaptadas ao clima e à região de plantio podem ajudar a contornar estes problemas, já que estes híbridos podem ter resistência a determinado patógeno.

É preciso destacar, ainda, que a demanda de nutrientes é influenciada por fatores relacionados às cultivares e condições de clima e de solo. O conhecimento da demanda versus as quantidades disponíveis no solo, permitem estimar as necessidades de fertilizações. Desta forma, o entendimento do padrão de absorção ao longo do ciclo é importante para realizar o manejo correto e alcançar o máximo em produtividade.

Recomendações

É importante que o produtor siga corretamente as recomendações agronômicas dentro das boas práticas agrícolas e conheça o produto que está adquirindo. Não seguir as recomendações técnicas pode ser um erro crucial e que pode levar ao insucesso na propriedade e, com isso, gerar vários impactos. O pior deles é a perda de qualidade do produto, e consequente redução do valor no mercado e de lucros.

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