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Com pressão da cigarrinha-do-milho, inseticida age no controle de ninfa

Conforme desenvolvedora da tecnologia, que demandou trabalhos de pesquisa e consultoria, solução é efetiva também sobre ovos e fêmeas do inseto; indicadores mostram haver quebra eficaz do ciclo da praga em áreas do cereal.

Lavoura de milho
Divulgação

Frente à expectativa por uma safra de milho marcada pelo fenômeno El Niño, catalisador de extremos climáticos como altas temperaturas, que potencializam infestações de pragas com ciclo acelerado, a Sipcam Nichino Brasil investe no lançamento do inseticida de última geração Fiera®. A solução tem no alvo a cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis), hoje considerada a mais desafiadora praga do cereal e cuja pressão se encontra forte, nas diferentes regiões do país, desde o mês de outubro último.

De acordo com a Sipcam Nichino, Fiera® chega ao mercado respaldado por cinco anos de estudos liderados por pesquisadores de renome. Para a empresa, o inseticida conta com uma característica única: o controle eficaz da fase ‘ninfa’ da cigarrinha, além de agir sobre ovos e na fecundidade e fertilidade de fêmeas da praga. Segundo os especialistas envolvidos nas pesquisas, o manejo da ninfa, até há pouco, não era prioridade; os tratamentos visavam somente a insetos já na forma adulta, sem focar efetivamente na quebra do ciclo da praga.

Conforme o engenheiro agrônomo José de Freitas, da área de desenvolvimento de mercado, no estágio ninfa, posterior à postura e eclosão dos ovos, ocorre a fase mais desafiadora para controle da praga. “Ninfas adquirem e portam fitopatógenos, transmissores de doenças. Por isso, monitorar a lavoura se impõe como medida estratégica, sobretudo em relação à presença de insetos adultos e de ninfas nas folhas mais velhas do milho”, alerta. A cigarrinha, ele frisa, detém alta capacidade de ‘oviposição’, da ordem de 300 ovos por indivíduo, em média, podendo chegar até a 600.

Segundo Freitas, os prejuízos mais relevantes decorrentes da cigarrinha-do-milho vêm após a praga sugar a seiva da planta e transmitir ao milho fitopatógenos de molicutes e vírus, causadores de viroses e enfezamentos. “Além disso, em situação de alta pressão, na fase reprodutiva da praga pode ocorrer a ‘fumagina’ nas folhas, restritiva ao potencial fotossintético de plantas e limitante à produção”, reforça. “Numa infestação elevada, a praga tem potencial para inviabilizar toda a produção de uma lavoura.”

Números expressivos de controle

Fisiológico, seletivo, regulador de crescimento de insetos, o novo inseticida obteve, em ensaios de laboratório, indicadores robustos no controle de ninfas da cigarrinha-do-milho, na faixa de 95% a 100%. Segundo Freitas, Fiera® resultou ainda em quedas de 66% na ‘postura’ de ovos da praga, de 92% na eclosão dos mesmos e de 79% na viabilidade reprodutiva. “A solução reduz a população das novas gerações pela quebra do ciclo da praga”, reforça ele.

Ainda de acordo com Freitas, o inseticida apresenta ação de contato, vapor e afeta rapidamente todos os estágios do ciclo de vida da cigarrinha-do-milho, “assim como desencadeia um processo de supressão de populações futuras.” Conforme o agrônomo, pesquisas conduzidas pelo grupo Agrimip, da Unesp de Botucatu, mostraram que depois de aplicado Fiera®, fêmeas da praga tiveram menos posturas de ovos e reduzida a quantidade de ovos férteis.

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