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Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras 2019

Crédito: Adrielle Teodoro

Com um público superior a 600 pessoas, entre produtores, técnicos e demais elos ligados à cadeia cafeicultora, o 45º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras (CBPC), realizado em Poços de Caldas (MG), entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro foi um sucesso.

Realizado anualmente pela Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira – Fundação ProCafé, o evento teve como tema central “Mais tecnologias cafeeiras, nas cores brasileiras” e objetivou promover e transferir novidades tecnológicas do setor, por meio da assistência técnica e demais lideranças da cafeicultura.

José Braz Matiello, engenheiro agrônomo do MAPA/Procafé e coordenador do evento, destaca como novidades do Congresso o lançamento de variedades de café, que são a base genética da cultura. “Essas novas variedades conciliam resistência a doenças com produtividade, que são as exigências básicas para um cultivo bem-sucedido”, pontua.

Também esteve em foco a mecanização das lavouras, tanto para pequenas propriedades quanto para áreas montanhosas, e ainda o microterraceamento, que tem evoluído para a larga escala, representando hoje 250 hectares, o que otimiza o uso de equipamentos que antes eram manuais, a mão de obra e, por reflexo, reduzir os custos.

No segmento de fitossanidade, foram testadas novas populações de plantas visando superar as resistências que têm se apresentado no campo, o que também abrangeu a área de herbicidas, com novas misturas para aplicações em plantas novas e mais sensíveis, mostrando-se mais seletivo. “Debatemos tanto as doenças primárias, como a ferrugem, quanto as secundárias, os prejuízos e as formas de controle cultural e químico de cada uma, com os produtos adequados. Quando ao mato, observamos que as lavouras ‘no limpo’ estão produzindo mais, o que foi estudado no decorrer de cinco anos, mostrando que não há vantagem em cultivar braquiária no meio do cafeeiro”, conta Matiello.

Matiello comprovou que as análises de solo não estão correlacionadas com as de folha, no caso específico do enxofre, um nutriente importante que compõe a proteína da planta. “Em muitos casos o produtor pode achar que seu cafeeiro está deficiente em enxofre, quando não está, o que exige um cuidado maior do agrônomo em relação ao diagnóstico e análise deste nutriente”, pondera o especialista.

Práticas culturais e colheita

Em práticas culturais, estão sendo consolidados regionalmente os melhores espaçamentos, tanto para mecanização quanto para maiores produtividades. Os maquinários também estão sendo mais controlados via GPS, que possibilita, em tempo real, verificar como a máquina está atuando no campo, inclusive sua velocidade, resumindo-se à eficiência operacional.

Sobre colheita e preparo, Matiello conta que houve evoluções nas variedades de café, que surgiram para facilitar a produção de grãos especiais, com qualidade máxima, usando ao máximo da genética em prol deste fim.

Resumo do evento

Matiello ficou feliz com os resultados gerados e que ainda serão frutos desta edição do CBPC, que trouxe não apenas números a mais nos negócios dos expositores como em soluções práticas para os visitantes. “Além de boa estrutura física, tivemos uma alta qualidade de público, palestras e temas abordados nos estudos publicados. Aqui há um aproveitamento efetivo de informações que podem ser levadas a sério no campo, e que com certeza farão a diferença no resultado final”, conclui o experiente profissional.

Satis: À frente do seu tempo

Entre as novidades apresentadas pela Satis no Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras estava um trabalho realizado em parceria com a pesquisadora doutora Flávia Patrício, do Instituto Biológico, que avaliou o Fulland a campo no manejo de doenças do café.

“Obtivemos resposta tanto no manejo das doenças como uma maior produtividade nas áreas em que se utilizou Fulland. Os resultados fora apresentados com muita satisfação durante o congresso, pela doutora Flávia”, relata César de Sousa Pirajá Figueiredo, suporte técnico da regional sudeste da Satis.

Fulland está disponível em todo o Brasil, e passa por constantes pesquisas e melhorias para validar e entregar sempre os melhores resultados em campo.

Mais soluções

Também foi destaque da Satis o Mathury. “Com excelente efeito fisiológico nas plantas, Mathury é fonte de potássio e ajuda na regulagem de processos como o amadurecimento dos frutos. À base de acetato de potássio, este fertilizante mineral contribui para uma série de processos fisiológicos importantes da planta, como concentração de açúcares, melhora da cor e do sabor e amadurecimento de ramos e frutos. Sua aplicação oferece para o produtor uma importante ferramenta de controle dos estágios da maturação, refletindo em ganhos de produtividade”, detalha César Pirajá.

Já Sturdy oferece às plantas mais energia e melhor desempenho, especialmente sob condições adversas. O produtor é uma fonte de fósforo enriquecido com extrato de algas que oferece melhor desempenho, especialmente sob condições adversas, nas quais a demanda energética é maior, além de alta eficiência na reposição de fósforo, estimula a planta a absorver os nutrientes do solo e melhora o desenvolvimento radicular e o crescimento vegetativo.

Importante fornecedor de boro totalmente solúvel, Humicbor é enriquecido com substâncias húmicas, extratos de algas e polióis, promovendo melhor desenvolvimento vegetativo, melhor pagamento da florada e suprimento das baixas concentrações de boro no solo.

Entrando no segmento de tecnologia de aplicação, a Satis está com o Programa Mais, visando otimizar a pulverização de seus defensivos.

O evento

Para César Pirajá, o Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras é um dos melhores eventos do Brasil, onde se encontra de tudo um pouco, com a parte de pesquisa bem aplicada, e a reunião em um único local de produtores, consultores e toda a cadeia ligada à cafeicultura, favorecendo o relacionamento entre todos.

“Por fim, o evento nos possibilitou realizar muitos e bons negócios em nosso estande. Há 20 anos ao lado do produtor, deixamos claro que estaremos sempre ao lado dele, atendendo-o no que for preciso e estando sempre à disposição”, conclui o profissional.

Oxiquímica: 100% brasileira

A Oxiquímica é uma empresa 100% nacional, com 29 anos de mercado, especializada em três segmentos agrícolas: proteção de plantas (com os fungicidas de alta tecnologia), nutrição foliar e tecnologia de aplicação. “Trabalhamos com todas as culturas de importância econômica no Brasil”, diz Marcelo Figueira, gerente de marketing da Oxiquímica.

O evento

Do Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras a Oxiquímica nunca deixou de participar, desde sua fundação, sempre levando para os visitantes novidades que melhoram a vida do cafeicultor. “Nesta edição expusemos e comunicamos mais uma vez a importância do uso do Supera®, um produto líder de mercado, fungicida e bactericida de contato à base de hidróxido de cobre líquido na forma de suspensão concentrada, com formulação única e exclusiva, contendo também antiespumante e espalhante siliconado, tornando-o um produto de alta performance, conveniência e versatilidade. Sendo o primeiro hidróxido de cobre líquido do mercado, Supera® é resultado de intensa pesquisa e processo de industrialização de alta tecnologia. Temos, também, um portfólio completo de nutrição para a cultura do café e representantes especializados para atender toda a região produtora do Brasil”, pontua Marcelo Figueira.

Waldemar Netto é coordenador comercial para toda a área de café do Brasil da Oxiquímica, e destacou Torped Gold®, um fertilizante organomineral classe A rico em carbono orgânico, altamente solúvel em qualquer pH com macro e micronutrientes complexados com aminoácidos. Torped Gold® tem em sua formulação uma fonte de carbono orgânico inovadora e de alta performance, o que lhe confere tripla aptidão de uso.

Complementando a linha temos o Enervig®, um fertilizante foliar composto por micronutrientes que atuam sobre os processos metabólicos das plantas, essenciais para o desenvolvimento vegetativo do café.

Os três produtos podem ser utilizados em conjunto, visando a nutrição e proteção das plantas do cafeeiro.

Visão de valor

Empresa orgulhosamente 100% nacional, desde sua fundação em 1991 tem seu foco na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, com alta eficiência e segurança ao meio ambiente.

“Nossa propósito está voltado para um futuro promissor e uma agricultura sustentável, priorizando o bem-estar das pessoas e a segurança alimentar, sempre com foco no produtor. A Oxiquímica, há 29 anos, continua priorizando a relação saudável com seus distribuidores e a valorização e comprometimento com seus colaboradores e o agricultor.”, conclui Waldemar Netto.

Origem do Café : Onde nasce a produtividade da sua lavoura?

O Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, para a empresa Origem do Brasil, tem um peso especial, pela participação do trabalho feito por um grupo muito importante, da illycaffè, que é referência em qualidade há várias décadas, tendo à frente o doutor Aldir Teixeira, César Candiano, Márcio Reis e colaboradores, tendo impulsionado o setor no Brasil.

“A illycaffè fez um estudo direcionado para a máquina que fabricamos, a Centriflux, que visou responder dúvidas quanto aos efeitos da centrifugação sobre a qualidade do café, tanto do ponto de vista físico como sensorial e também a influência no armazenamento dos grãos ao longo dos meses”, conta Joseph Andreas Nick, diretor da Origem do Brasil.

Dentro do experimento foi feito todo o delineamento necessário, com várias amostras de café cereja descascado sem desmucilar, desmucilado e centrifugado, tendo se constatado que a centrifugação, além de facilitar o manejo e acelerar o processo de secagem, manteve a qualidade do café no nível máximo desejado. “Esse foi um resultado muito importante para reforçar aquilo que os produtores já veem enxergando no nosso produto. O aval científico nos aponta que estamos no caminho certo, pois além de não prejudicar o café, estamos levando vantagens aos grãos”, considera o empresário.

A máquina

A Centriflux é empregada na via úmida, que retira por força centrífuga os líquidos superficiais dos grãos de café, o que agiliza bastante o processo de secagem, fazendo o produtor ganhar espaço no terreiro, agilidade na operação, com menos horas de secador e, com isso, possibilita dar mais ritmo à colheita, já que o produtor poderá trabalhar mais horas colhendo o café no ponto ideal.

Se o processo de secagem está sobrecarregado, com a Centriflux é possível ganhar rapidamente um espaço a mais no sistema. “Nossos clientes a veem como um investimento com retorno imediato em resultados de aumento de capacidade de secagem”, define Joseph Nick.

Multitécnica: Resultados positivos com linha de nutrição e fisiologia

Na ocasião do congresso, a empresa Multitécnica apresentou os resultados positivos obtidos com bioestimulantes na produtividade do café. “Conduzimos um trabalho de quatro anos, pesquisando a eficiência do extrato de algas como bioestimulantes. Observamos que, além do incremento de produtividade, houve maior pegamento de florada, maior crescimento de ramos e menor porcentagem de desfolha”, explica Rodrigo Silva, engenheiro agrônomo e especialista em café.

No estande da Multitécnica os participantes do Congresso encontraram diversas novidades para nutrição e fisiologia do cafeeiro. Neste contexto, a empresa apresentou o produto MultiTurbo, que demonstra ótimos resultados com o café, sendo estimulante no pré e pós-florada, especialmente em lavouras adultas.

Livro

Durante o evento a Multitécnica foi responsável pelo lançamento do livro ‘Cultura do Cafeeiro’, dos autores Roberto e Felipe Santinato, cujas famílias se dedicam à pesquisa e consultoria do café desde 1967, e que na década de 80 iniciou as atividades de produção de sementes e mudas.

LNF: Especialista em demucilagem do café

Além de reforçar sua marca, a LNF apresentou a tecnologia enzimática no processo de demucilagem de café, mostrando os resultados de trabalhos realizados em Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, em parceria com o Incaper, que asseguram a qualidade e potencial da enzima.

As enzimas da LNF atuam na hora de despolpar e remover a camada de mucilagem que envolve os grãos, passos que são fundamentais no seu processamento logo após a colheita dos grãos de café. “Criamos ferramentas para modernizar a cafeicultura, com equilíbrio ambiental e produtividade”, diz Ubirajara Amorim, consultor técnico comercial da LNF.

Com essa tecnologia diminui o tempo de demucilagem de 24 a 36 horas para até três horas, sem utilização do demucilador mecânico em tanques. Também diminuir o  tempo de secagem (tanto no terreiro quanto em secador) em pelo menos 20% e melhora a qualidade final do café.

Contra pragas: ADAMA destaca Plethora

“Durante o Congresso de Pesquisas Cafeeiras, a ADAMA apresentou seu novo inseticida Plethora, ainda em fase de registro, que apresenta alto nível de controle de broca-do-café (Hypothenemus hampei) e bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), as duas principais pragas do café. “Durante nossa apresentação, mostramos as principais diferenças entre o nosso produto e seus concorrentes no mercado, especialmente quanto à eficiência, quesito em que o Plethora saiu na frente”, conta Daniel Sala de Faria, engenheiro agrônomo de desenvolvimento de mercado da ADAMA.

Trata-se de um produto inovador com duplo modo de ação, agindo como inibidor da síntese da quitina e também afetando o sistema nervoso dos insetos, de modo a inibir a entrada de íons sódio nas células nervosas tanto das larvas quanto dos adultos.

Nematoides sob controle

Os nematoides são pragas que a cada ano vêm deixando lastros maiores de seu ataque. E como se alojam na parte radicular do cafeeiro, muitas vezes o produtor não se atenta a essa presença. “Na safra passada, fizemos um trabalho no Cerrado Mineiro e no Sul de Minas, quando constatamos que em 840 análises, 60% tinham alguma ocorrência de fitonematoides. Na sequência, mostramos a nossa solução, Nimitz, que é o primeiro nematicida real lançado no Brasil, uma vez que realiza o controle efetivo de todos os fitonematoides que atacam a cultura do café, com menor toxicidade, maior rentabilidade, ação eficaz e definitiva, com foco na longevidade da cultura e maior produtividade”, garante Daniel de Faria.

Controle efetivo de doenças

Outra solução apresentada pela ADAMA foi o fungicida Azimut, para pré e pós-florada do cafeeiro, que controla de forma simples, eficiente e preventiva as principais doenças, como ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix), mancha-de-olho-pardo (Cercospora coffeicola)  e mancha-de-phoma (Phoma costaricensis). A exclusiva proporção das moléculas que compõem Azimut, aliada à fórmula desenvolvida pelos melhores químicos da ADAMA, assegura amplo espectro de controle de doenças.

“Fechamos as aplicações com um novo produto, em fase de aprovação de extensão de uso, que vamos trazer provavelmente já para a próxima safra, chamado Convicto, para controle de cercosporiose (Cercospora coffeicola). Apresentamos os resultados de campo na média de oito safras, com boas surpresas para o café, chegando a 51 sacas, frente às 31 sacas da área testemunha”, pontua o especialista.

Congresso de Pesquisas Cafeeiras

Elton Visioli, gerente de marketing da ADAMA, conta que a empresa tem uma parceria de longa data com o evento. “Acreditamos na importância de divulgar novas tecnologias e inovações, principalmente para o cafeicultor, consultor e demais envolvidos no segmento, transmitindo a eles informações e metodologias de manejo que podem ser úteis na sua lida diária”.

Para a equipe da ADAMA, foi um momento de encontro com seus parceiros e clientes, que em um único espaço traz a pesquisa e o campo, favorecendo a troca efetiva de informações. “Toda a nossa equipe de café esteve presente para apresentar as tecnologias da ADAMA, uma empresa israelense e chinesa que prima por inovações e tecnologia como constantes em seu portfólio. Ficamos felizes com os resultados e a reciprocidade dos visitantes”, conclui Elton Visioli.

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