21.6 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesDetector de incêndio florestal pode ser primordial para evitar grandes queimadas

Detector de incêndio florestal pode ser primordial para evitar grandes queimadas

Divulgação

Entre os anos de 1985 e 2020, o Brasil sofreu com queimadas de proporções gigantes, 1 milhão e 600 mil km², representando 20% da área territorial total. Dentro desta porcentagem, 65% dos incêndios aconteceram nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Pará, segundo o Projeto MaspBiomas, divulgado em agosto de 2021.

A pesquisa ainda aponta que apesar dos biomas Cerrado e Amazônia terem representado 85% das áreas queimadas, o Pantanal foi o que mais sofreu, tendo 57% do território queimado pelo menos uma vez, no mesmo período.

Pedro Curcio, fundador da iNeeds, ressalta que devido os incêndios acontecerem frequentemente, sejam eles naturais, como a queda de um raio, ou para limpeza de pastos, é extremamente importante tomar iniciativas para que o fogo não se espalhe. Curcio explica que atualmente já existem sensores que podem detectar queimadas florestais, como o caso do DIF, Detector de Incêndios Florestais Ineeds.

“O detector pode ser programado para conseguir detectar os incêndios florestais durante os estágios iniciais, mesmo durante a fase de combustão lenta, nos primeiros minutos, e monitora o microclima, medindo temperatura, umidade e pressão do ar. O sensor combina a detecção de qualidade do ar e detecção de gás, ele detecta, fogo, monóxido de carbono e outros gases no nível de ppm com inteligência artificial integrada para detectar um incêndio de forma confiável e evitar falsos positivos.”

Apesar de 60% dos focos dos incêndios terem acontecido em propriedades privadas, onde há redes de energia, muitas florestas ficam afastadas dos centros urbanos, e o sensor pode ser fundamental nestes casos, pois usa plataformas de comunicação IoT para transmissão de dados sem fio e pode funcionar sem manutenção por anos utilizando inclusive energia limpa, através de painel solar.

“O sensor também pode ser utilizado como sistema de segurança dos mananciais, ajudando a evitar queimadas criminosas, assim como nas propriedades particulares”, afirma o CTO da Ineeds, Luiz Sourient. As queimadas trazem grandes prejuízos para o meio ambiente, afetando o ar, solo, água e provocando a morte de milhares de animais, podendo levar em torno de 50 anos para se regenerar, como o incêndio que acometeu o Pantanal em 2020, segundo Cátia Nunes de Cunha, Professora e pesquisadora associada do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal de Mato Grosso (PPG-ECB/IB-UFMT).

ARTIGOS RELACIONADOS

Incêndio queima o Pantanal

Seca e vento estimulam fogo a se espalhar com rapidez; eventos climáticos extremos ...

Lei de Gestão de Florestas públicas

Para o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, o aprimoramento das regras deve aumentar a atratividade econômica das concessões florestais voltadas para exploração de madeira sustentável.

Aplicação aérea – Os benefícios para as florestas

  André Guilherme Mardegan Engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Mecanização e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento   A aviação agrícola pode...

Expoforest 2023: projeção para recorde de público e negócios

A próxima edição da feira, a quinta Expoforest, será em 2023, na região de Ribeirão Preto.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!