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Efeito da aplicação foliar de bioestimulantes e micronutrientes no tomateiro

 

Daniela Andrade

Engenheira agrônoma, mestre em Fitotecnia/UFLA e analista em Gestão Produtiva da AC Café

daniela.agronomia@outlook.com

Vandimilli Araujo Lima

Bolsista EPAMIG/FAPEMIG, graduanda em Agronomia

Maria de Fatima Silveira

Engenheira agrônoma

Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

Bioestimulantes têm sido utilizados em diversas culturas agrícolas pelo mundo. Por conta da sua eficácia no campo, a tendência é que continue a crescer nos próximos anos devido aos benefícios à lavoura.

Os bioestimulantes têm aprimorado a nutrição das plantas, aumentado a sanidade delas e tornado a fertilidade do solo um ambiente mais favorável para o desenvolvimento vegetal e até mesmo aumentado a resistência das mesmas ao estresse biótico e abiótico.

O tomateiro

A cultura do tomate necessita de equilíbrio nutricional para ser tolerante às doenças e pragas. Para garantir esse equilíbrio, os bioestimulantes são os produtos mais utilizados e bem aceitos no mercado.

No tomateiro, os bioestimulantes agem em todo o crescimento e desenvolvimento da planta, desde a semente até sua plena maturidade. Alguns benefícios comprovados são a melhora na eficiência do metabolismo da planta, induzindo a frutificação, o aumento da tolerância da planta, a habilidade de recuperar-se de estresses abióticos, a facilidade de assimilação e translocação de nutrientes e fotoassimilados; o realce dos atributos de qualidade do fruto, incluindo os açúcares redutores e cor; a otimização do uso de água pela planta; a melhora da fertilidade do solo, particularmente por aumentar o desenvolvimento de micro-organismos benéficos; dentre outros.

Os principais componentes dos bioestimulantes comerciais disponíveis no mercado incluem materiais húmicos (ácidos húmicos e ácidos fúlvicos), hormônios de crescimento de plantas, vitaminas e vários outros elementos, até mesmo micronutrientes essenciais ao ciclo de vida da cultura. Por serem compostos de materiais orgânicos, não há efeitos residuais fitotóxicos no solo ou na planta.

Força para a planta

Os micronutrientes são responsáveis pelo correto funcionamento do metabolismo da planta, sendo que sua escassez pode causar necroses, nanismo e amarelecimento das folhas do tomate, causando dificuldade na fotossíntese, que é o processo essencial pelo qual a planta obtém sua energia e matéria-prima para formação dos tecidos.

Os micronutrientes mais importantes para o tomateiro são boro, zinco, molibdênio, manganês, ferro e cobre. Para o tomate, um dos micronutrientes de maior importância é o cálcio. Sua deficiência causa sintomas severos, tais como a flacidez dos tecidos da extremidade dos frutos, que evolui para uma necrose deprimida, seca e negra.

Caso a deficiência seja pontual, há necrose no interior dos frutos, e deficiências mais drásticas causam morte das pontas de crescimento.

Os bioestimulantes agem em todo o crescimento e desenvolvimento da planta - CréditoShutterstock
Os bioestimulantes agem em todo o crescimento e desenvolvimento da planta – CréditoShutterstock

O boro

O elemento boro também é essencial para a cultura do tomate e sua deficiência causa a morte das gemas e das folhas, prejudicando a eficiência da fotossíntese. O pecíolo torna-se quebradiço e a planta murcha nas horas mais quentes do dia, em razão dos danos provocados ao sistema radicular. Além de tudo, o boro tem um efeito significativo sobre a maturação dos frutos.

Força tarefa

O que torna os bioestimulantes diferentes dos insumos tradicionais comerciais (inseticidas, fungicidas, dentre outros) que são utilizados na lavoura é que estes operam por meio de mecanismos diferentes dos convencionais.

Eles agem unicamente no vigor e não têm nenhuma ação direta sob pragas ou doenças, de maneira a melhorar o interior na planta, não apenas corrigindo o problema, mas também prevenindo pragas e doenças. A bioestimulação é uma técnica que complementa a nutrição e a proteção da lavoura.

Estudos mostram que o uso de biofertilizantes em conjunto com bioestimulantes promove resultados superiores à utilização dos mesmos em separado, provavelmente em consequência do efeito sinérgico, aumentando o peso das anteras e a porcentagem de polens férteis, devido à presença de aminoácidos e ao processo de quelatização.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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