28.6 C
Uberlândia
terça-feira, abril 30, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosFlorestasEfeitos dos desbastes florestais no diâmetro, altura das árvores e na rentabilidade

Efeitos dos desbastes florestais no diâmetro, altura das árvores e na rentabilidade

 

Fausto Takizawa

Consultor da Floresteca

fausto.takizawa@floresteca.com.br

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

O desbaste deve ser uma prática silvicultural obrigatória quando o objetivo de uma plantação de árvores passa pela produção de madeira para fins mais nobres e de maior valor agregado, como por exemplo: toras para serraria, madeira para a construção civil, postes de grandes dimensões, etc.

A operação de desbaste consiste na retirada de árvores doentes, finas, com defeitos e tortuosas que podem competir por espaço, água, luz e nutrientes com as árvores remanescentes. Após a retirada das árvores inferiores há um aumento da disponibilidade de água, luz e nutrientes para as árvores remanescentes, propiciando a continuidade do seu crescimento em diâmetro e altura, agregando valor àfloresta em função da presença de árvores de maiores volumes, dimensões e melhoria na qualidade da madeira.

Os momentos e intensidades para a execução dos desbastes dependem da qualidade do solo, clima e características de crescimento de cada espécie, geralmente sendo realizada sempre quando há o fechamento das copas. O mais recomendável, do ponto de vista técnico, para obter maior volume de madeira é realizar desbastes leves e frequentes, evitando a retirada de grande número de árvores por desbaste, mantendo as árvores remanescentes bem distribuídas no povoamento, evitando clareiras, que podem favorecer o crescimento de plantas daninhas entre as árvores remanescentes e aumentar danos pelo vento.

Tipos

Basicamente, há dois tipos de desbastes: o seletivo, em que são escolhidas as árvores a serem removidas seguindo um determinado critério, geralmente as piores árvores; e o sistemático, em que as árvores são removidas seguindo um critério fixo, como por exemplo, remoção de uma linha para cada cinco linhas, sem levar em conta as características das árvores; e podendo também ser misto, isto é, seletivo e sistemático simultaneamente, como por exemplo, remoção de uma linha para cada cinco linhas e remoção das piores árvores nas quatro linhas restantes.

O seletivo é mais recomendado para povoamentos mais heterogêneos, enquanto o sistemático para povoamentos muito homogêneos e o misto é uma variação entre estes dois extremos.

Rentabilidade

A madeira produzida a partir dos desbastes pode gerar renda, e em certos casos pode até cobrir os custos de sua execução e gerar um caixa extra. Há casos que esta renda não cobre os custos de sua execução e até situações em que pode não haver o seu aproveitamento econômico em função de grandes distâncias do mercado consumidor, aliado à menor qualidade da madeira dos desbastes, cenários que devem ser previstos pelo produtor florestal.

O custo significativo dos desbastes, aliado ao seu baixo valor de mercado, pode desmotivar o produtor florestal a executá-lo, entretanto, se o produtor não realizar os desbastes adequadamente, ele terá o futuro de sua floresta comprometido.

Comece pelo planejamento

O planejamento e execução do desbaste éobrigatório e imprescindível para o produtor florestal que busca atender o mercado de madeira de maior valor agregado, pois mais do que 70% da receita total é representada pela madeira produzida no corte final, resultado possível somente se os desbastes foram executados de forma adequada. Caso contrário, todo o investimento pode ser reduzido à “lenha“.

Essa matéria você encontra na edição de setembro/outubro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Falta de cálcio prejudica o desenvolvimento de tomates

  Leandro Hahn Engenheiro agrônomo, doutor e pesquisador em Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas na Estação Experimental de Caçador (SC) e professor da UNIARP...

Fósforo a lanço – Verdades e mitos da técnica

Luis Fernando Gundim Engenheiro agrônomo da Cia da Terra Agronegócios luis.fernando@ciadaterra.com A adubação a lanço não tem maiores inconvenientes entre os nutrientes nitrogênio (N) e potássio (K),...

Manejo de nematoides no quiabeiro

  Jadir Borges Pinheiro jadir.pinheiro@embrapa.br Ricardo Borges Pereira ricardo-borges.pereira@embrapa.br Agnaldo Donizete Ferreira de Carvalho agnaldo.carvalho@embrapa.br Engenheiros agrônomos, doutores e pesquisadores da Embrapa Hortaliças Cecilia da Silva Rodrigues Engenheira agrônoma, mestre e doutoranda na...

AcadianBioSwicth aumenta rentabilidade na cultura do algodão

  Situada no Canadá, a AcadianSeaplants é uma companhia independente e líder mundial em pesquisas, cultivo, colheita e extração de algas marinhas. Sediada na cidade...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!