24.6 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiFrutificação da atemoia

Frutificação da atemoia

Gustavo Cesar Dias SilveiraEngenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)gcsagro@gmail.com

Atemoia – Crédito Gisele Ferreira

A utilização de bioestimulantes na agricultura tem crescido nos últimos anos, sobretudo devido ao aumento da preocupação com as questões de sustentabilidade ecológica e ambiental e à procura de novas soluções com vistas ao aumento da produtividade e/ou qualidade das culturas.

As algas marinhas se destacam por serem ricas em nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe, Mn, Cu e Zn), hormônios vegetais (citocininas, auxinas, e ácido abscísico) além de aminoácidos (alanina, ácido aspártico e glutâmico, glicina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, tirosina, triptofano e valina).

Em destaque

Umas das algas mais estudadas e utilizadas em produtos comerciais são as espécies conhecidas como pardas ou marrons, Ascophyllum nodosum (L.), Fucus spp. e Laminaria spp.. Seus produtos são considerados bioestimulantes, pois contêm compostos bioativos capazes de promover o crescimento vegetal e aumentar a produtividade.

Vários trabalhos na literatura demonstram que produtos à base de algas apresentam importantes funções na planta, entre as quais se destacam: o aumento na divisão celular e melhor desenvolvimento do fruto; atividade reguladora do desenvolvimento de raízes; influência na elasticidade e plasticidade da célula (crescimento) e presença de outros compostos que atuam na redução de danos por estresses (como déficit hídrico e temperaturas extremas).

Culturas beneficiadas

Na cultura do café, os pesquisadores Fernandes e Silva (2011) mostraram que a aplicação do extrato de algas é extremamente eficiente, especialmente quando associada à irrigação, com acréscimo de até 43% na produtividade do cafeeiro cultivado em condições de Cerrado.

Para a cultura da uva, os pesquisadores Norrie e Keathley (2006) estudaram os benefícios de um extrato de algas marinhas (A. Nodosum) em uva de mesa (Thompson Seedless) ao longo de três anos e observaram, ao fim desse período, aumento de produtividade (60,4%), de tamanho (12,4%) e peso (38,8%) das bagas.

[rml_read_more]

Diante disso, sabendo do modo de atuação do extrato de algas e seus compostos bioativos na maior concentração de hormônios vegetais (auxinas, gibelinas e citocininas) que atuam na divisão celular e na síntese de proteínas, podemos esperar que em plantas de atemoia, seu uso pode ser direcionado tanto para produção de mudas mais vigorosas e saudáveis, quanto em plantas adultas em pena produção, para obtenção de um melhor florescimento e também uma boa frutificação.

Sendo assim, é certo que ocorra evolução no pagamento de flores, aumento do calibre dos frutos e rendimento. Entretanto, recomendo a cautela na obtenção de produtos que não sejam de empresas sérias e que não possuem a eficiência de seus produtos testados.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cana-de-açúcar – Hora de controlar as doenças

Autores Renato Passos Brandão Gerente Especialista em Nutrição Vegetal Raphael Bianco Roxo Rodrigues Gerente Técnico de São Paulo e Sul de Minas José...

Adjuvantes enzimáticos de origem microbiana

Os adjuvantes enzimáticos de origem microbiana são os aliados silenciosos da agricultura, catalisando processos que impulsionam a eficiência e a produtividade nas lavouras

Substâncias húmicas na cultura da soja

A soja (Glycine max (L.) Merril) atualmente é a principal cultura agrícola cultivada no Brasil e ....

Mulching no combate às daninhas do pepino

Tenha um cultivo de pepino livre de daninhas com a técnica de Mulching.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!