21 C
Uberlândia
segunda-feira, dezembro 2, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiGotejo enterrado - Nova técnica traz mais segurança aos tomaticultores

Gotejo enterrado – Nova técnica traz mais segurança aos tomaticultores

 

Mais produtividade e qualidade das plantas estão entre as vantagens do gotejo enterrado

 

Gotejo enterrado - Crédito Iron de Lima
Gotejo enterrado – Crédito Iron de Lima

Produtor Iron de Lima
Produtor Iron de Lima

Existem inúmeras influências externas na agricultura, como mercado, volatilização de preços e variação climática, as quais têm forçado o setor a pesquisar e se adaptar às tecnologias mais avançadas.

Há uma tendência e necessidade de se programar estratégias de gerenciamento mais eficientes e, ao mesmo tempo, continuar lutando para sobreviver em um ambiente altamente competitivo no mercado.

O uso de sistemas de irrigação subterrânea por gotejamento traz mais oportunidades para que se irrigue de forma mais eficiente e, ainda, se automatize todo o sistema. Com isso, o fato de todo o sistema de campo estar enterrado abre novas possibilidades para a total mecanização do processo produtivo.

Entre um e outro

Existem muitas diferenças entre os projetos de irrigação por gotejamento de superfície e enterrada, sendo que o sistema subterrâneo permite o uso de sistema de saneamento de água para fins de irrigação.

Iron de Lima Rodrigues é produtor de tomate industrial na Fazenda Alegre, localizada no município de Itaberaí (GO). No total, ele cultiva 600 hectares, sendo 73 deles por sistema de gotejo enterrado e o restante, por pivô central.

O produtor conta que resolveu investir no gotejo enterrado pelo fato de o tomate não tolerar água nas folhas, o que atrai doenças. “O melhor é jogar água na raiz. E o sistema de gotejo enterrado me permite isso e a aplicação dos defensivos, tanto fungicidas quanto inseticidas“, relata.

Iron salienta ainda como vantagem do gotejo enterrado o fato de ter um produto de melhor qualidade, possibilitando adubar a planta com mais frequência, por meio da fertirrigação. O reflexo são frutos com menos contaminação por agroquímicos, que são todos aplicados diretamente na raiz, sem ter nenhum contato com os frutos, diretamente. “Em função de tudo isso, melhorei o manejo e, consequentemente, a produtividade, que aumentou de 20 a 30%“, garante.

Produção

No plantio passado, Iron produziu 136 toneladas de tomate por hectare na área de gotejo enterrado, enquanto nos pivôs, geralmente, a média é de 85 a 90 toneladas. “O custo de implantação do projeto é quase o dobro do investimento para a implantação do pivô central. Entretanto, aproveitei alguns equipamentos do pivô, como adutora e casa de bomba, e por isso meu custo ficou menor“, informa o produtor.

Segundo ele, no pivô o investimento necessário é de R$ 7 mil por hectare, enquanto no gotejo fica em R$ 12 mil a R$ 13 mil/ha. “Com a diferença de produtividade, em dois anos o investimento se paga“, pontua.

“O investimento valeu a pena, pois aproveito a área que antes não dava para ser irrigada com o pivô. São muitas as vantagens do gotejo, inclusive o aproveitamento das áreas que são produtivas, mas que o pivô central não atinge por ser circular e exigir solo plano“, justifica.

Essa matéria completa você encontra na edição de Junho da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Faça sua assinatura agora.Capa HF Junho

ARTIGOS RELACIONADOS

Uso de substâncias orgânicas na produção de uvas de mesa

Fonte Embrapa Semiárido   As videiras desenvolvidas em regiões tropicais caracterizam-se por apresentar um crescimento contínuo, no qual não ocorre amarelecimento ou queda natural das folhas. Há...

Ferrugem do cafeeiro – Qual a situação real?

A ferrugem é a doença mais grave e prejudicial na lavoura cafeeira. O ciclo de evolução da ferrugem, nas condições da cafeicultura brasileira, tem se mostrado bem definido, repetindo-se ano a ano. A doença evolui em função do clima, com aumento da infecção a partir de novembro/dezembro até abril/maio, com o “pico” acontecendo em julho/agosto.

Milho-pipoca é um novo atrativo para o produtor?

Autores Israel Alexandre Pereira Filho Emerson Borghi Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo O milho-pipoca (Zea mays L.) é um tipo de milho que...

Estresses abióticos – O que fazer para não ter prejuízos

Douglas José Marques Professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) douglas.marques@unifenas.br Hudson Carvalho Bianchini Professor de Fertilidade do Solo da Unifenas Danos causados...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!