O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, destacou a luta de muitos anos da cafeicultura irrigada para ser reconhecida como uma atividade de utilidade pública. “O Projeto de Lei já passou pela Câmara dos Deputados e agora está no Senado. Mas agora parece que o PL está na gaveta. Então gostaria de reiterar aqui esse pedido junto aos nossos políticos presentes na Feira, para levantarem esta bandeira”.
Assis participou da abertura da 26ª edição da Fenicafé – Feira Nacional da Cafeicultura Irrigada, que acontece em Araguari, no Triângulo Mineiro.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), para a geração de um posto de trabalho na indústria, o investimento necessário é de 90 mil dólares. Já o valor da criação de um posto de trabalho na agricultura irrigada é de apenas cinco mil dólares. “Então, a irrigação é muito importante para o Brasil, e para Minas Gerais, que é a caixa d’água do país, mas temos que enfrentar esta burocracia, que nos impede de produzir ainda mais”, assinalou Assis.
O Projeto de Lei 1765/22 classifica como de utilidade pública as barragens para irrigação, represas e todos os sistemas de captação de água vinculados às atividades agrossilvipastoris (prática de combinar florestas com agricultura e pecuária), conforme informações da Agência Câmara de Notícias.
A proposta também considera de interesse social as obras de construção de barragens, represas e sistemas de captação e distribuição de água para irrigação e atividades agrossilvipastoris. (Com Fábio Rübenich – Agência SAFRAS)
A Fenicafé segue até sexta-feira (31/03) no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, em Araguari, no Triângulo Mineiro. Assim como em 2022, a Fenicafé faz parte da Café Agro, que soma mais de uma semana de atrações com a Expo Araguari. O evento é promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio da Embrapa Café e Prefeitura Municipal de Araguari.