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Leptospirose torna-se perigo no Rio Grande do Sul para pessoas e bovinos

Enfermidade está associada à contaminação da água e também acomete humanos

Foto: Freepik

As enchentes provocadas pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas elevaram o risco contaminação por leptospirose não apenas para a população, mas também para animais de produção, como os bovinos. Como se trata de uma zoonose, é importante redobrar as medidas de prevenção para o rebanho, evitando que os profissionais envolvidos em seu manejo permaneçam em potencial perigo.

“A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais – principalmente ratos – infectados pela bactéria Leptospira. A penetração dessa bactéria no organismo pode ocorrer de duas formas: a partir lesões na pele ou mesmo na pele íntegra, quando esta fica imersa por longos períodos em água contaminada”, explica o médico-veterinário Sérgio Kalil, gerente de marketing da Syntec do Brasil.

Os seres humanos também podem contrair a doença. Por isso, é importante que quem está lidando com bovinos possivelmente infectados usem equipamentos de proteção individual, como luvas e botas de borracha. “Se um bovino apresentar sintomas de leptospirose, como febre, perda de apetite e fraqueza, entre outros, o ideal é isolá-lo dos demais para evitar a contaminação do rebanho todo”, ressalta Kalil.

A prevenção é fundamental. Em casos graves, a leptospirose pode evoluir para complicações, como insuficiência renal, hemorragias, meningite, problemas respiratórios e até a morte, tanto do animal quanto dos seres humanos. Portanto, é importante estar ciente dos riscos e tomar medidas para reduzir a exposição à bactéria causadora da enfermidade.

“Além da vacinação contra leptospirose, que deve estar no calendário do pecuarista, também é fundamental manter o ambiente limpo, o que auxilia a reduzir o risco de contaminação. Isso inclui limpar as áreas onde os bovinos estão alojados e remover o material orgânico acumulado”, complementa o médico-veterinário da Syntec. “Nesse cenário de tragédia, é preciso estar atentos para evitar mais dor a um povo que merece todo nosso apoio e solidariedade”.

Doações                              

A Syntec disponibilizou ao Rio Grande do Sul suplementos e medicamentos para a saúde e o bem-estar animal. A doação inclui cerca de 2.000 unidades de suplementos, antibióticos, anti-inflamatórios, antiparasitários e vermífugos. Muitos dos produtos podem ser utilizados em mais de um animal, protegendo-os em um ambiente possivelmente contaminado por micro-organismos perigosos.

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