19.6 C
Uberlândia
sábado, julho 27, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioAnimaisLeptospirose torna-se perigo no Rio Grande do Sul para pessoas e bovinos

Leptospirose torna-se perigo no Rio Grande do Sul para pessoas e bovinos

Enfermidade está associada à contaminação da água e também acomete humanos

Foto: Freepik

As enchentes provocadas pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas elevaram o risco contaminação por leptospirose não apenas para a população, mas também para animais de produção, como os bovinos. Como se trata de uma zoonose, é importante redobrar as medidas de prevenção para o rebanho, evitando que os profissionais envolvidos em seu manejo permaneçam em potencial perigo.

“A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais – principalmente ratos – infectados pela bactéria Leptospira. A penetração dessa bactéria no organismo pode ocorrer de duas formas: a partir lesões na pele ou mesmo na pele íntegra, quando esta fica imersa por longos períodos em água contaminada”, explica o médico-veterinário Sérgio Kalil, gerente de marketing da Syntec do Brasil.

Os seres humanos também podem contrair a doença. Por isso, é importante que quem está lidando com bovinos possivelmente infectados usem equipamentos de proteção individual, como luvas e botas de borracha. “Se um bovino apresentar sintomas de leptospirose, como febre, perda de apetite e fraqueza, entre outros, o ideal é isolá-lo dos demais para evitar a contaminação do rebanho todo”, ressalta Kalil.

A prevenção é fundamental. Em casos graves, a leptospirose pode evoluir para complicações, como insuficiência renal, hemorragias, meningite, problemas respiratórios e até a morte, tanto do animal quanto dos seres humanos. Portanto, é importante estar ciente dos riscos e tomar medidas para reduzir a exposição à bactéria causadora da enfermidade.

“Além da vacinação contra leptospirose, que deve estar no calendário do pecuarista, também é fundamental manter o ambiente limpo, o que auxilia a reduzir o risco de contaminação. Isso inclui limpar as áreas onde os bovinos estão alojados e remover o material orgânico acumulado”, complementa o médico-veterinário da Syntec. “Nesse cenário de tragédia, é preciso estar atentos para evitar mais dor a um povo que merece todo nosso apoio e solidariedade”.

Doações                              

A Syntec disponibilizou ao Rio Grande do Sul suplementos e medicamentos para a saúde e o bem-estar animal. A doação inclui cerca de 2.000 unidades de suplementos, antibióticos, anti-inflamatórios, antiparasitários e vermífugos. Muitos dos produtos podem ser utilizados em mais de um animal, protegendo-os em um ambiente possivelmente contaminado por micro-organismos perigosos.

ARTIGOS RELACIONADOS

Leptospirose: doença prejudica o bem-estar animal

A leptospirose é uma zoonose amplamente disseminada pelo mundo. A doença é especialmente perigosa para equinos, bovinos e suínos, principalmente em regiões que convivem com altas temperaturas e umidade elevada

Responsáveis Técnicos da suinocultura têm prazo para cumprimento de normas

Dezenas de responsáveis técnicos de agroindústrias e de produtores independentes participaram essa semana de encontro virtual do Conselho Técnico Operacional da Suinocultura (CTOS) do...

Chuvas no Rio Grande do Sul foram intensificadas por mudanças climáticas, confirma estudo

Análise reforça que o El Niño e outros fenômenos naturais podem ter desempenhado um papel pequeno em agravar ainda mais a chuva, mas sua contribuição foi menor do que o impacto do aquecimento do planeta

Os fatores essenciais para a recuperação do agronegócio no Rio Grande do Sul

Por Mayra Delfino, Diretora Executiva e Fundadora do Congresso Nacional de Crédito no Agronegócio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!