Também será promovido um encontro nacional, com lançamento de novas cultivares. Eventos serão do Sul de Minas com inscrição gratuita
A cultura da mandioquinha-salsa movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano no Brasil. Também conhecida como batata-baroa e cenoura amarela, ela é originária da Cordilheira no Andes, na América no Sul, e chegou a terras brasileiras no início do século 20. Hoje as plantações nacionais ocupam cerca de 15 mil hectares, fazendo do país o principal produtor do mundo
Minas Gerais é o líder nacional no cultivo de mandioquinha-salsa, com uma produção, no ano passado, em torno de 67,8 mil toneladas, numa área de 4 mil hectares. Os municípios que lideraram a produção mineira foram Ipuiuna, Espírito Santo do Dourado e Caldas, todos no sul do Estado. A altitude acima de 900 metros e o clima da região são favoráveis para o desenvolvimento da cultura.
O destaque de Minas Gerais na produção de mandioquinha foi uma dos principais fatores para que o Estado fosse escolhido para sediar o Primeiro Encontro Latino-Americano e o Nono Encontro Nacional de Mandioquinha-Salsa. Os eventos serão promovidos de 8 a 10 de maio, nos municípios de Pouso Alegre e Senador Amaral. Os encontros são uma promoção da Embrapa, em parceria com a Emater-MG.
Uma das atrações será a apresentação de duas novas cultivares, a Catarina e a Rúbia. A última cultivar de mandioquinha-salsa, ou batata-baroa, foi lançada pela Embrapa em 1998, chamada de Amarela de Senador Amaral. O coordenador de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira, explica que o melhoramento das novas cultivares vai beneficiar a produção no campo. “De 98 para cá, não houve nenhuma cultivar diferenciada. Sempre é bom o surgimento de novas cultivares, com novas características. Estas novas cultivares apresentam as mesmas características que mercado consumidor exige. A diferença é que elas têm uma produção de 50% superior, graças à renovação do material, com maior vigor e maior rendimento”, explica.
Segundo o coordenador da Emater-MG, os eventos também serão uma oportunidade de discutir a expansão do mercado da mandioquinha-salsa. “Como o Brasil é o maior produtor mundial, a médio e longo prazos, é preciso pensar em escala de produção, inclusive para exportar. O país possui condições de solo e clima ideais para a produção de mandioquinha de qualidade, com possibilidade de venda para outros países”, afirma.
Inscrições e programação
No 8 de maio, começa o Encontro Nacional, onde ocorrerá um seminário, em Pouso Alegre, com palestras técnicas e mesa redonda sobre comercialização. No segundo dia, haverá um dia de campo em Senador Amaral, com quatro estações e almoço com receitas à base de mandioquinha-salsa, além do lançamento das cultivares Catarina e Rúbia. No terceiro dia, 10 de maio, será promovido o Encontro Latino Americano, em Pouso Alegre, com apresentações sobre a produção e comercialização.
Para conferir a programação completa e fazer as inscrições gratuitas, os interessados devem acessar o site: www.embrapa.br/hortalicas/encontro-mandioquinha-salsa
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