Ana Elisa Lyra Brumat
Mestre em Produção Vegetal e doutoranda em Ciências do Solo – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
anaelisalbrumat@gmail.com
O Brasil é um grande importador de fertilizantes, pois nossas fontes são escassas e não temos energia e tecnologia disponível para a fabricação desses, além de que, atualmente, os fertilizantes ultrapassam a marca de 30% do valor total da produção. Portanto, utilizá-los de forma eficiente é indispensável.
Ressalta-se sempre a importância das análises químicas de solo e planta, assim como a gestão de plantio para determinar quantidades certas de fertilizantes e as fontes a serem utilizadas.
Conhecer a fertilidade local e real necessidade das culturas implica em sanar a demanda da planta com precisão e a redução de custos com insumos e aplicação, que diante de crises econômicas se tenha opção de fazer ou não a manutenção da fertilidade naquele ciclo/ano.
Algumas fontes são mais baratas que outras, e fornecem teores nutricionais diferentes (% diferentes do nutriente em cada composto), daí a importância de conhecer o seu custo, que vai influenciar diretamente no balanço econômico para a adubação e a escolha ideal da fonte.
Tudo em equilíbrio
A época certa diz respeito a qual a melhor data para aplicação do fertilizante, principalmente em se tratando de fertilizantes de cobertura. Evitar épocas de alta pluviosidade e umidade por exemplo, reduz perdas por escoamento superficial e lixiviação.
Mais uma vez destacamos a preservação do meio ambiente, pois a perda do fertilizante, além de promover perda financeira, causa degradação do meio ambiente, como problemas de nitrificação do solo e eutrofização das águas principalmente, relacionados às aplicações de N e P.
Quanto ao local certo, tecnologias de precisão desenvolvidas para maquinários que operam até mesmo por sensoriamento remoto indicam um posicionamento e quantidade estratégica de aplicação para que as plantas tenham acesso direto ao fertilizante, unindo precisão e quantidade.
Essas técnicas, juntas, indicam manutenção da fertilidade do solo, desenvolvimento da cultura com melhor utilização dos insumos e, consequentemente, maior rendimento, além de promover a economia com fertilizantes e preservar o meio ambiente das consequências ambientais do seu uso excessivo.