21.6 C
Uberlândia
segunda-feira, fevereiro 17, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosMicotoxina fumonisina, presente no milho, é o maior risco para as rações...

Micotoxina fumonisina, presente no milho, é o maior risco para as rações animais

Fumonisina (FUM) é a micotoxina mais preocupante da América Latina – incluindo o Brasil – neste momento. Em 5.485 amostras, 69% estavam contaminadas, mostra a Pesquisa Mundial de Micotoxinas da Biomin – edição 2020, que acaba de ser concluída. No mesmo período de 2019, a taxa de contaminação de FUM era de 74%.

Em termos globais, a pesquisa envolveu 74 países de vários continentes. Foram recolhidas 15.544 amostras de matérias-primas, como milho, trigo, soja, seus subprodutos relacionados e rações animais, para a realização de 68.683 análises.

“A contaminação de ingredientes de rações por micotoxinas é um problema global. As mudanças climáticas criam o ambiente favorável à propagação de fungos, entre os quais do gênero Fusarium, contribuindo para o aumento da contaminação das culturas. A maior fonte de contaminação por fumonisina hoje na América Latina é o milho, que por sua vez é a principal matéria-prima na ração animal da região. Isso indica a necessidade de monitoramento e controle dessa substância”, aponta Tiago Birro, Gerente de Produto da Biomin para América Latina.

O consumo de matérias-primas de qualidade é decisivo para o bom desempenho produtivo dos animais. É preciso atenção constante para identificar as micotoxinas, o que é uma tarefa complexa. “A chance de contaminação nas propriedades é muito elevada. As substâncias tóxicas são produzidas por fungos, que, por sua vez, se proliferam rapidamente em ambientes com excesso de umidade”, alerta o especialista da Biomin.

Outra micotoxina preocupante na América do Sul é a deoxinevalenol (DON), presente em 53% das amostras analisadas. Também produzida por fungos do gênero Fusarium. Segundo a Pesquisa Mundial de Micotoxinas da Biomin, essa micotoxina é um grande desafio na América do Norte, onde está presente em 79% das amostras coletadas, enquanto a fumonisina foi detectada em 50% dos casos.

“A chave para o controle das micotoxinas está na prevenção conforme as características de cada localidade. É a partir dessa ideia que desenvolvemos uma tecnologia exclusiva para calcular o grau aproximado de contaminação por micotoxinas nos grãos da colheita. Por meio de algoritmos robustos, atualizados de hora em hora a partir da informação obtida em 61 mil estações meteorológicas de todo o mundo, a ferramenta de predição de micotoxinas da Biomin é capaz de prever o risco de contaminação no milho e trigo”, explica Tiago Birro.

O desafio da ocorrência de múltiplas micotoxinas em todas as regiões analisadas é cada vez mais comum e pode representar um grande prejuízo para a cadeia da produção de alimentos. Em 84% das amostras, foram encontradas 10 ou mais micotoxinas e metabólitos. A média foi de 29 substâncias diferentes.

“O problema é real e precisa de atenção e cada vez mais tecnologia para o seu combate. A ferramenta de predição de micotoxinas da Biominutiliza diversos parâmetros, como o efeito do clima sobre a cultura, o fungo, a bioquímica da produção de micotoxinas e a interação entre todos esses fatores. Com todas essas informações, os produtores estarão melhor capacitados para enfrentar esse terrível desafio, podendo oferecer insumos seguros e de melhor qualidade para a cadeia de produção animal”, completa o gerente da Biomin para América Latina.

ARTIGOS RELACIONADOS

Ácidos húmicos: o que eles têm a oferecer para o milho?

A aplicação dos ácidos húmicos (AH) pode resultar em grandes benefícios para o sistema solo-planta, proporcionando aumento da biomassa e do tamanho de raízes e também o crescimento de pelos radiculares e raízes finas, o que permite à planta de milho explorar melhor o perfil do solo e também ter condições mais favoráveis para o milho sobreviver em caso de déficit hídrico.

Safra 2022/23 de milho: quais os novos híbridos?

Observando o mercado de sementes de híbridos de milho, muitas serão as opções disponíveis aos produtores brasileiros.

Capim-amargoso é a erva problemática no milho

A espécie de planta daninha Digitaria insularis (L.), conhecida como capim-amargoso,...

Grupo GDM lança marca de sementes de milho que movimentará o segmento em 2025

A GDM, líder em melhoramento vegetal de cultivos extensivos, apresentou ao mercado a Supra Sementes que surgiu a partir da aquisição do negócio de milho e sorgo da KWS Sementes na América do Sul.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!