27.1 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioMercadoNota de Repúdio da Abapa contra ato de vandalismo em fazenda de...

Nota de Repúdio da Abapa contra ato de vandalismo em fazenda de Correntina

IMG-20171102-WA0032A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) lamenta o ato de destruição e vandalismo ocorrido nesta quinta-feira (2) na Fazenda Iragashi, no Distrito de Rosário, em Correntina. A entidade entende como legítima manifestações pacificas que não infrijam a legislação penal vigente com atos de invasão e depredação de patrimônio, sejam eles público ou privado.

IMG-20171102-WA0029A entidade acredita que muito dos manifestantes podem estar sendo incentivados, de forma inconsequente, por lideranças que se recusam a dialogar ou se inteirar dos fatos científicos e das leis que autorizam os mais diversos usos das águas, incluindo para a irrigação, por meio da autorização do órgão ambiental, mais conhecida como outorga.

IMG-20171102-WA0027O rio Arrojado, causa da manifestação e da violência na Fazenda em Correntina, está com a vazão normal para este período do ano e nunca teve riscos de seca. Antes de serem levados ao ato de destruição, os representantes do movimento deveriam avaliar de forma objetiva qual o verdadeiro uso das águas para a Irrigação.

IMG-20171102-WA0025Para a Abapa, o ato de vandalismo descorre do desconhecimento dos fatores climáticos e dos processos de produção agrícola no oeste da Bahia. Primeiro, em novembro, tem início as primeiras chuvas, retomando gradualmente o nível das águas; depois de longa estiagem, o que deixa naturalmente reduzida a vazão dos rios. Em segundo, nos meses de agosto, setembro e outubro, as fazendas estão em período de vazio sanitário, ou seja, sem produção agrícola. Somente com as primeiras chuvas que os agricultores começam o plantio das culturas de sequeiro, ou seja, sem uso de água.

IMG-20171102-WA0024Do total de 2,2 milhões de área plantada, 160 mil são irrigados. Ou seja, somente 8% é irrigado. De toda forma, aqueles que utilizam sistemas de irrigação na produção passam por rigorosas concessões do uso da água pelos órgãos ambientais e por renovação da licença e fiscalização periódicas. Ao entender a importância da água e dos custos envolvidos na irrigação, os agricultores trabalham com equipes técnicas capacitadas que minimizam as perdas, utilizando a água de forma racional e eficiente.

IMG-20171102-WA0023Pesquisas recentes da Embrapa Monitoramento de Satélite e por meio de informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), os agricultores vem respeitando a legislação e preservando 26% da área nativa de todo o território nacional. Na Bahia, segundo dados do Cadastro Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), 9,1 milhões de hectares inseridos no bioma cerrado na região, 4,5 milhões estão conservados e 3,1 milhões são produtivos. Ou seja, existem mais áreas preservadas do que em produção. Da área nativa preservada estão principalmente a vegetação das margens de rio e nascentes. Mais do que respeitar a legislação, os agricultores estão mobilizados e estruturados para utilizar, quando necessário a água de forma racional, e proteger os recursos hídricos.

IMG-20171102-WA0020De forma científica, os agricultores também estão empenhados em entender como funciona o Aquífero Urucuaia. Eles estão financiando uma pesquisa, realizada em parceria entre os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, e da Universidade Federal de Nebraska, dos Estados Unidos, com o objetivo de quantificar a disponibilidade da água e sua importância para os múltiplos usos nas bacias do Rio Grande e Corrente, no oeste da Bahia, o que garante a segurança hídrica para manter a irrigação e, consequentemente, a produção sustentável de alimentos.

IMG-20171102-WA0033Os agricultores baianos estão cientes das suas obrigações com o meio ambiente e vem inserindo a variável da sustentabilidade em toda as fases da produção. E, por isto, adota modelos que associam os desafios de produção, cumprimento legal e boas práticas agropecuárias, com manejo adequado do solo e da água e gestão de resíduos. A Abapa e demais entidades da agricultura estão abertas ao diálogo na tentativa de desconstruir preconceitos que de forma inconsequente e irresponsável vilanizam os agricultores e os colocam de forma errada em contraponto ao meio ambiente.

Imprensa@abapa.com.br

Av. Ahylon Macêdo,11 – Barreiras – BA – CEP 47806-180

Tel: +55 77 3614-9000 / 3639-9000 | Email:abapa@abapa.com.br

ABAPA – Associação Baiana dos Produtores de Algodão

ARTIGOS RELACIONADOS

Inoculação garante mais produtividade para a soja

Naiana de Mello Mestre em Agronomia e coordenadora técnica na Cooperativa Agrícola Água Santa naiana@coasars.com.br O desenvolvimento de novas tecnologias conta com inúmeras alternativas que buscam...

Silício – Arma poderosa contra nematoides de solo

Carla Verônica Corrêa Doutoranda em Agronomia/Fisiologia Vegetal e Metabolismo Mineral " UNESP cvcorrea1509@gmail.com Luís Paulo Benetti Mantoan Doutorando em Ciências Biológicas/Fisiologia Vegetal - UNESP   São diversos os gêneros...

Resultados da adubação potássica + extrato de algas em rúcula

Nilva Teresinha Teixeira Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito...

Paraná tem o maior número de focos de ferrugem; há alternativas para o controle da doença

A principal doença que atinge a cultura da soja no Brasil, a Ferrugem asiática, também está causando prejuízo nesta safra. O estado com maior...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!