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Nutrição mineral de micronutrientes e inoculação da cultura do milho safrinha

 

Daniela Vitti

Maickon F. R. Balator

Coordenadores técnicos – Brasil

Renato Passos Brandão

Gestor agronômico

 

Créditos Shutterstock
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A sucessão de culturas soja-milho safrinha representa o principal sistema de produção de grãos das regiões agrícolas do Centro-oeste, Sudeste, parte nordeste da região Sul, e outras regiões do país.

A principal opção de semeadura após a colheita da soja-verão é o milho, vulgarmente chamada de milho safrinha. Nos últimos 20 anos, a área de milho safrinha aumentou 10 vezes, atingindo oito milhões de hectares e a produtividade duplicou, com valores superiores a 5 ton/ha.

Neste ano, excepcionalmente devido aos problemas climáticos enfrentados pelos em todo o País, os produtores foram obrigados a atrasar a semeadura da soja, com consequente atraso na semeadura do milho, trazendo redução na área com milho safrinha. Porém, os preços praticados nos últimos dias estão mantendo o ânimo dos produtores.

Investimento

Geralmente o investimento dos agricultores na cultura do milho safrinha é menor em relação à da soja e milho verão, pelo simples motivo de ser uma cultura de risco, principalmente em relação à falta de chuvas nas principais fases fenológicas da cultura.

Conforme o Comunicado Técnico 195 da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados/MS, a estimativa do custo total por hectare do milho safrinha para a safra 2015 será de aproximadamente R$ 1.608,23/ha, ou 98,3 sacas/ha, considerando a previsão do preço de milho para Mato Grosso do Sul de R$ 16,36 a saca de 60 kg.

Em anos de margens estreitas, os agricultores optam por excluir o investimento com o programa de nutrição foliar e inoculação. Será que compensa utilizar este pacote tecnológico na cultura do milho safrinha?

Conforme a figura 1, o custo com fertilizantes foliares e inoculação representa apenas 4,5% em relação aos demais insumos, ou seja, é o menor investimento, porém, possui a mesma importância em relação aos demais insumos.

Créditos Shutterstock
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Informações importantes

O objetivo deste informativo é apresentar a importância da inoculação como primeira e fundamental prática a ser adotada na busca do sucesso da implantação da lavoura, considerando o custo-benefício que a mesma traz.

Antes de tudo é necessário ter em mãos as análises de solo, foliar, expectativa de produtividade, histórico de deficiência entre outras informações. Além disso, temos que acabar com este mito que o milho necessita somente de zinco.

Como podemos verificar na tabela 1, esta gramínea exige praticamente a mesma quantidade de manganês e zinco, ou seja, 340 g e 400 g para produzir 9,1 ton de milho, respectivamente.

Além do manganês e zinco, não podemos nos esquecer do boro e cobre, que podem ser limitantes na produtividade do milho, dependendo dos seus respectivos teores no solo.

Créditos Shutterstock
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Considerações finais

O adequado planejamento do estabelecimento da cultura, com o uso de sementes de alta qualidade (germinação e vigor), seguido de correta inoculação, levando-se em consideração todo o cuidado que se deve ter no armazenamento, manuseio e aplicação do inoculante, é o início do sucesso do estabelecimento da cultura.

Considerando o custo-benefício destas práticas, é fundamental que o produtor, como empresário rural, não abra mão de tais técnicas visando o máximo de ganho na ocasião da colheita.

 

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