21.6 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosO agro sob uma nova ótica

O agro sob uma nova ótica

Há uma crescente profissionalização na governança corporativa, impulsionada pelas fusões e aquisições no setor, que trazem melhores práticas para empresas menores.

Gustavo Modenesi
Diretor de Marketing e Transformações da Lavoro
lavoro@hkstrategies.com

Gustavo Modenesi, diretorde marketingda Lavoro

A distribuição de insumos no Brasil é heterogênea e possui características adaptadas às regiões em que estão implantadas, orientada, sobretudo, pela demografia, diversidade de culturas, perfil do produtor e acesso.

Quando analisamos sob a ótica de “profissionalização”, existe um crescimento substancial no perfil de governança corporativa dentro da Distribuição, e em contrapartida, recuo da governança familiar. Enxergamos a profissionalização ocorrendo no setor, que ainda enfrenta seus desafios, principalmente em empresas menores.

O fato é que o movimento atual de fusões e aquisições (M&A na sigla em inglês) de revendas de pequeno e médio porte vem impulsionando a adoção de melhores práticas em diversas áreas e setores das companhias, o que é um bom sinal, dado a elevação das exigências de um mercado que se desenvolve rapidamente.

Mercado brasileiro

A distribuição de insumos agrícolas no âmbito mundial desempenha um papel fundamental na segurança alimentar global e no aumento da produtividade agrícola, haja vista a demanda crescente por alimentos e os intensos investimentos em produzir mais dentro de uma “pegada sustentável”, ou seja, sem maior uso de terra, água e outros recursos naturais.

No mercado brasileiro, a distribuição de insumos agrícolas é altamente relevante, uma vez que o país é um dos principais produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo. A agricultura de uma forma geral, desempenha um papel significativo na economia brasileira, representando quase 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto), e a distribuição eficiente de insumos agrícolas é essencial para garantir a produtividade e a competitividade do setor.

Ainda sobre o Brasil, a distribuição é responsável por cerca de 40% dos negócios de insumos agrícolas do produtor, e este número não mudou muito nos últimos anos. Ou seja, existe um mercado “fiel” às revendas, e isso ocorre em grande parte devido a confiança e atendimento que o produtor recebe das revendas através da sua estrutura de Consultores Técnicos.

Mas, aos poucos estes diferenciais estão mudando e o produtor está ficando mais exigente. A tecnologia vem ajudando o “homem do campo” no manejo da produção, porém, o apoio à comercialização, crédito e gestão, ainda se apresentam como alavancas relevantes para percepção de valor e fidelização dele.

Desafios do setor

No agronegócio existem muitos desafios que acabam refletindo no mercado de distribuição de insumos. Na safra 2023/24, por exemplo, as altas taxas de juros, maior estoque (canais, indústria e produtor), além do recuo das commodities e da rentabilidade do produtor, estão gerando desafios e sobretudo, a seletividade de quem estará com produtor nesta jornada.

Tendências da distribuição de insumos

No Brasil, algumas tendências estão moldando a distribuição de insumos agrícolas. Em primeiro lugar, a digitalização e o uso de tecnologias avançadas, como a agricultura de precisão e a análise de dados, estão impulsionando a eficiência e a tomada de decisões mais embasadas.

Além disso, a busca por práticas agrícolas mais sustentáveis (conceito ESG), como o manejo integrado de pragas e o uso responsável de defensivos agrícolas, influencia a demanda por insumos específicos, e em alguns casos “on-demand”.

A descentralização da distribuição, com a implantação de centros regionais de distribuição (CDs), busca reduzir os prazos de entrega e melhorar a disponibilidade de insumos agrícolas, sobretudo em regiões mais remotas.

Outra tendência é a diversificação das fontes de insumos e a criação de linha própria, proporcionando aos produtores uma cesta mais ampla de soluções.

Por fim, a integração da cadeia de suprimentos, com parcerias estratégicas e o compartilhamento de informações, busca otimizar o fluxo de insumos, desde a produção até o produtor final.

Essas tendências estão impulsionando a inovação e aprimorando a distribuição de insumos agrícolas no Brasil, contribuindo para a eficiência e sustentabilidade do setor agrícola.

O uso de tecnologia é uma necessidade no campo.

Soluções

Como mencionado, entendendo as necessidades do agricultor e os desafios que o mercado agro apresenta em relação as commodities, a Lavoro desenvolveu ferramentas financeiras exclusivas, buscando maximizar os ganhos dos agricultores e/ou eventual desconto no pacote de insumos.

Além disso, como provedores de soluções aos agricultores, a Lavoro vem apoiando no planejamento personalizado da safra, buscando como premissa o incremento de produtividade vs redução de custos.

Isso só é possível quando se conhece o negócio do agricultor, tem uma vasta prateleira de insumos e aplica tecnologias capazes de realizar as recomendações adequadas e personalizadas, como a Pattern Ag e Stenon, parceiros exclusivos da Lavoro no Brasil.

Ferramentas

Em momentos como este, onde existe uma queda substancial das commodities e incertezas quanto a precificação futura, o produtor deve optar por operações de barter, ou seja, a troca de grãos por insumos é o melhor caminho.

É recomendável que o produtor ao menos “trave” seus custos no barter, e caso queira “especular” com o lucro, que utilize ferramentas financeiras que garantam sua proteção quanto a oscilações do mercado.

A Lavoro, por exemplo, tem o compromisso com a democratização do barter, e oferece exclusivamente a seus clientes, ferramentas financeiras para troca de grãos por insumos e apoio com a comercialização para o produtor, “blindando-o” de oscilações de mercado, e na maioria dos casos, oferecendo incremento de rentabilidade.

Critérios

Para o barter, em primeiro lugar há a escolha de um bom parceiro, pois este irá auxiliá-lo de forma adequada quanto ao planejamento de safra e aquisição e uso adequado de insumos.

É importante avaliar o ganho de eficiência operacional, que vai desde a revisão de despesas, possível compra do pacote de insumos parcial ou total à vista, revisão de máquinas e sinergia das equipes de campo.

Recomenda-se, ainda, que mesmo em anos de margens mais apertadas, a escolha dos insumos não seja “pura e simplesmente” pelo preço, mas também observe assessoria/consultoria do parceiro, qualidade dos insumos, aquisição adequada do pacote de insumos, buscando maiores produtividades.

Revendas no Brasil

Segundo informações divulgadas pela Andav (Associação Nacional dos Distribuidores Agrícolas e Veterinários), mais de 2.000 CNPJs estão associados à entidade no país.

Este número oscila a depender da safra, dado a expansão de área, acesso e adoção de insumos, no entanto, estimamos que o mercado em que a distribuição atua fica próximo de 100 bilhões de reais, somando todos os segmentos (lê-se insumos agrícolas) e todas as culturas.

ARTIGOS RELACIONADOS

Player do agro opinam sobre o mercado

A expectativa é que 60% do mercado brasileiros de insumos esteja na mão de 10 players até 2027.

Como alimentar o mundo enquanto um terço dos alimentos é desperdiçado?

Discussão foi um dos temas do GAF 2022, com a presença do Head Global de Sustentabilidade e Tecnologias do Grupo Kerry

Bayer leva inovações em sementes e fungicida inédito ao Show Rural Coopavel

Visitantes podem ver avanços em soja, milho, proteção de cultivos, agricultura digital e sustentabilidade, além de obter recomendações com especialistas do setor.

Óxido de Zinco: quais os benefícios, desvantagens e alternativas

A restrição sobre o uso do Óxido de Zinco promove uma importante discussão na cadeia produtiva

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!