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Principais variedades tradicionais e híbridas de bananas

Conheça as principais variedades tradicionais e híbridas de banana, que encantam com sua diversidade e sabor.

Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo – Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)

As principais cultivares comercializadas no mercado internacional são englobadas no subgrupo Cavendish, sendo as principais Nanica, Nanicão e Grande Naine. Os frutos das cultivares do subgrupo Cavendish apresentam características como ponta ou ápice em forma de gargalo pouco acentuado e são delgados, longos, encurvados e, quando maduros, muito doces e verde-amarelados.

Vale lembrar que até a década de 1960, a cultivar Gros Michel era a única cultivar de mesa exportada no País. Mas por apresentar suscetibilidade ao mal-do-panamá foi substituída por cultivares do subgrupo Cavendish que inclusive as mais usadas na exportação atualmente.

Fotos: Shutterstock

No Brasil

No Brasil, as principais cultivares comercializadas pertencem ao subgrupo Prata. As principais cultivares do subgrupo Prata são Prata comum, Pacovan, Prata Santa Maria, Prata ponta aparada e Prata São Tomé.

Os frutos das cultivares do subgrupo Prata são praticamente retilíneos e apresentam seção transversal pentagonal, extremidades bem pronunciadas, pontiagudas e sem restos florais, casca de espessura média, cor amarela quando maduros, polpa creme a rósea pálida e sabor ligeiramente ácido.

O subgrupo Terra abrange os plátanos, que são aquelas cultivares as quais os frutos necessitam de cozimento prévio antes do consumo. Isso se deve ao fato dessas cultivares apresentarem frutos com elevado conteúdo de amido, mesmo quando maduros. As principais cultivares do subgrupo Terra são: Terra, Terrinha, D’Angola, Pacova, Pacovaçu. As cultivares do grupo AAB, subgrupo Terra, são as mais usadas em relação aquelas que são consumidas cozidas.

A ‘Maçã’ é a cultivar mais nobre para os brasileiros, seus frutos apresentam casca fina e polpa suave que lembram o fruto da maçã.

Como escolher a variedade mais adequada?

De maneira geral, há cultivares disponíveis com as mais diversas adaptações para condições de plantio adversas. Algumas das que podem ser citadas são, segundo Silva e Lima Neto (2012):

  • Tolerância a seca e déficit hídrico: Prata Comum, a Pacovan, a Maçã, a Terra e a D’Angola.
  • Baixa tolerância ao déficit hídrico: Figo Cinza, Figo Vermelho e Ouro.
  • Resistência ao excesso de água e regiões de maior ocorrência de chuvas: cultivares do subgrupo Cavendish (Nanica, Nanicão e Grande Naine).
  • Tolerância a solos de baixa fertilidade: Prata Comum, Pacovan, Maçã, Terra, D’Angola, Pacova, Pacovaçu.
  • Tolerância aos problemas provocados pelo vento: cultivares de porte baixo, que suportam ventos de até 70 km/h, são as mais tolerantes.

A escolha da cultivar de bananeira varia em função da preferência do mercado consumidor e do destino da produção (indústria ou consumo in natura). Os principais fatores a serem observados para a recomendação de uma cultivar para o plantio comercial são:

  • Preferência do consumidor;
  • Produtividade;
  • Resistência a pragas e a doenças;
  • Porte baixo;
  • Tolerância à seca e ao frio.

Além disso, é bom frisar que, tendo-se conhecimento sobre o ciclo vegetativo da cultivar escolhida, é possível traçar estratégias de plantio em épocas programadas, permitindo associar a colheita ao período de melhor preço do produto no mercado.

Critérios

O agronegócio da bananicultura é uma atividade lucrativa e que ocorre praticamente em todo o território brasileiro, apresentando elevada amplitude, importância socioeconômica e abrangência geográfica.

A bananicultura brasileira apresenta características peculiares que a tornam diferente da bananicultura praticada na maioria das regiões produtoras do mundo em relação à diversidade climática em que é explorada e também em relação ao uso de cultivares, à forma de comercialização e às exigências do mercado consumidor.

A escolha da variedade mais adequada, para ser utilizada na implantação do bananal, porém, é algo que deve ser feito de forma criteriosa, pois a utilização de uma variedade inadequada, para uma determinada condição de plantio, poderá se tornar perda de investimento, inviabilizando o negócio.

Resistência fitossanitária

Com relação à resistência observada para a incidência de doenças e pragas, as cultivares podem ser agrupadas da seguinte forma segundo Silva e Lima Neto (2012):

Resistência à sigatoka-amarela: Terra, D’Angola, Maçã, Tropical, Princesa, Thap Maeo, Caipira, Pacovan Ken, Japira, Vitória, Garantida, Caprichosa, Preciosa.

Resistência à sigatoka-negra: Fhia 01, Fhia 18, Caipira, Thap Maeo, Pacovan Ken, Japira, Vitória, Garantida, Caprichosa, Preciosa, Ouro.

Resistência ao mal-do-panamá: Fhia 01, Caipira, Thap Maeo, Pacovan Ken, Japira, Vitória, Garantida, Preciosa.

Suscetibilidade ao moko: todas as cultivares são suscetíveis ao moko. Porém, os genótipos que apresentam brácteas persistentes (rabo sujo) tendem a ser mais resistentes às infecções por via aérea, pois as brácteas oferecem uma proteção mecânica à planta.

Resistência a nematoides: cultivares Prata Comum, Pacovan, Prata Anã, Mysore, Thap Maeo e Maçã são moderadamente resistentes aos nematoides Radopholus similis e Helicotylenchus multicinctus.

Resistência ao moleque-da-bananeira: Prata, Prata Anã, Pacovan, Mysore e Caipira apresentam menos problemas que Nanica, Nanicão, Grande Naine e Terra.

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