Os primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus foram reportados em Wuhan, na China, no fim de 2019, e, desde então, a contaminação vem tendo expansão exponencial pelo planeta, e, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde – OMS declarou o novo coronavírus uma pandemia.
O primeiro caso de coronavírus no Brasil, confirmado oficialmente, foi reportado em 25 de fevereiro passado e, a partir daí, inúmeros casos dessa pandemia foram registrados no País. Nesse contexto, com o objetivo de preservar a vida dos trabalhadores rurais e de suas famílias, durante a colheita do café da safra deste ano, a qual terá início nas próximas semanas, o Governo do Estado do Espírito Santo, divulgou a cartilha – Colheita do Café – Orientações para prevenção do novo coronavírus -, com o objetivo de orientar cafeicultores a adotarem medidas de prevenção do contágio do coronavírus.
Essa cartilha foi elaborada pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – SEAG, em conjunto com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER, entre outras instituições. A cartilha fornece orientações gerais aos produtores de café, tais como medidas de prevenção do contágio do vírus, como a adoção de boas práticas específicas em refeitórios, no trabalho da colheita, transporte, alojamento, além de recomendações específicas para o início da colheita de 2020 no Estado do Espírito Santo e, ainda, esclarecimentos sobre os sintomas do novo coronavírus, diferenciando-os dos sintomas da gripe.
A cartilha intitulada Colheita do Café – Orientações para prevenção do novo coronavírus está disponível na íntegra nos sites da SEAG-ES e do INCAPER, o qual é uma das instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Especificamente em relação ao trabalho na colheita, a referida cartilha da SEAG-ES orienta, por exemplo, que deve ser mantida distância mínima de um metro entre os trabalhadores durante a colheita no campo, não devem ser compartilhadas ferramentas e equipamentos de colheita (peneiras, lonas, sacarias) e, também, deve-se utilizar estratégias como a divisão dos colhedores por talhões ou carreiras. Acrescenta ainda que os produtores devem colher o café somente no ponto ideal de maturação (com maior percentual de frutos cerejas), para que o emprego de mão de obra seja otimizado, em decorrência do rendimento do café, especialmente nesse período de pandemia, e, quando possível, que seja realizada a colheita semimecanizada.
Além disso, a publicação do Governo do Estado do Espírito Santo, que também pode ser acessada pelo Observatório do Café, recomenda que o banheiro dos trabalhadores deve ser instalado em um ambiente bem ventilado, higienizado diariamente e com disponibilidade de água e sabão para higienização das mãos e partes expostas e, finalmente, que devem ser higienizadas máquinas e equipamentos de colheita quando seus operadores forem se revezar nessa atividade.
Vale destacar que, para otimizar os trabalhos da colheita, a cartilha recomenda que o café seja colhido quando o talhão apresentar menos de 20% dos grãos verdes, o que contribui também para a obtenção de melhor rendimento do café e qualidade da bebida. Nesse sentido, a publicação demonstra que a redução de peso do café beneficiado pode chegar a 20,8%, caso 80% do café colhido esteja verde e, em contraponto, no caso de somente 10% do café colhido estar verde, a redução do peso será de apenas 2,6%.
Leia na íntegra esta cartilha Colheita do Café – Orientações para prevenção do novo coronavírus e se informe sobre as boas práticas que devem ser adotadas pelos cafeicultores para mitigar os efeitos dessa pandemia, também por meio do portal do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Acesse a cartilha aqui: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637#j