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Resistência ao Xanthomonas é fundamental para o sucesso do cultivo de couve-flor no Brasil

Divulgação

Na busca pela melhor qualidade dos produtos, um agricultor adota estratégias de prevenção e precaução para o sucesso da sua atividade. No caso do cultivo de couve-flor, isso não é diferente. Considerando a ameaça que organismos como o Xanthomonas (Xcc) trazem para os resultados do plantio, fazer o uso de variedades resistentes a essa bactéria é essencial para o êxito da cultura.

De acordo com estudo realizado pelas pesquisadoras Edilaine Alves de Melo (UFRPE) e Kátia Cilene da Silva Felix (PNPD/CAPES/FACEPE), as condições propícias para o desenvolvimento do Xcc são na presença de umidade, proporcionada por chuvas, condensação ou pela água utilizada na irrigação, e em temperaturas entre 28 e 30°C.

É possível detectar a presença dessa bactéria pelo aspecto visual da couve-flor, que pode apresentar subdesenvolvimento, murcha, queda prematura de folhas e apodrecimento das plantas afetadas, modificando as características externas do material.

Como controlar o Xanthomonas

Segundo as pesquisadoras, adotar medidas preventivas configura-se como o método mais eficiente de evitar a proliferação da bactéria, uma vez que, instalada no campo, o controle se torna difícil, por se tratar de uma doença sistêmica. Nesse sentido, práticas culturais que limitam a propagação da doença e a utilização de cultivares resistentes ao Xcc são estratégias que trazem melhores resultados para o produtor de couve-flor.

No entanto, uma vez infectadas, é possível tratar as sementes por meio da imersão em água quente, uso de ar aquecido, aplicação de antibióticos, utilização de hipoclorito de sódio, radiação gamma, luz ultravioleta, entre outras técnicas. O controle de plantas daninhas hospedeiras também é importante, bem como o de pragas, já que estas podem ser agentes de disseminação da bactéria.

Alpina F1: sinônimo de proteção e tolerância

Com o objetivo de levar ao campo cada vez mais qualidade e produtividade, a linha Topseed Premium da Agristar investe continuamente no desenvolvimento dos seus produtos. Como parte deste trabalho, o portfólio da linha conta com a couve-flor de inverno Alpina F1, material consolidado no mercado de horticultura há mais de 10 anos, que possui boa tolerância a variações climáticas, folhagem ereta e vigorosa para proteger a cabeça de danos por raios solares, e resistência ao Xcc.

“A couve-flor é uma cultura de valor agregado, que traz boa rentabilidade aos produtores que optam pela utilização de sementes híbridas de alta qualidade. Essa necessidade se deve às condições climáticas cada vez mais difíceis de se prever, o que traz perdas a quem não utiliza técnicas e cultivares modernas”, explica o especialista em Folhosas e Brássicas da Agristar Silvio Nakagawa.

A boa sanidade foliar, bem como a tolerância contra as oscilações climáticas, são características que destacam esse híbrido entre os produtores de couve-flor, pois elas garantem mais segurança e estabilidade para o cultivo nas lavouras do país.

“No passado, quando as estações do ano eram bem definidas, era possível utilizar híbridos ou mesmo variedades com baixa adaptação à variação climática e menor sanidade foliar, pois os invernos eram mais secos e amenos. Porém, com o passar dos anos, tornaram-se comuns chuvas e ondas de calor fora de época, o que gerou a necessidade e demanda por materiais resistentes a essas alterações e ao Xcc”, reforça.

Nakagawa acrescenta que a Alpina é uma variedade bastante versátil. Ela possui peso e tamanho ideais para comercialização em caixaria e feiras livres, locais onde se exige cabeças maiores. Já para o segmento de embalados, pode-se realizar um plantio mais adensado, resultando em cabeças compactas para esta finalidade.

Quem cultiva aprova

O produtor Evanildo André Bernardi, de Caxias do Sul (RS), conta que planta couve-flor Alpina há quase 10 anos. “Eu escolhi a variedade pela produtividade, sanidade de folhas e pela resistência às doenças. Essas foram as características que mais me chamaram a atenção”.

O agricultor Joel Jones Bernardi, também de Caxias do Sul, trabalha com a Alpina há mais de uma década e planta em torno de 100 mil pés por ano. “Escolhi a variedade pela sanidade e, nos últimos anos, plantei até no inverno, porque os nossos invernos não estão tão rigorosos. A característica que destaco é a sanidade foliar”, detalha.

Nas cidades gaúchas de São Francisco de Paula, Terra de Areia e Santo Antônio da Patrulha estão as lavouras da família Iaronka. “Chego a produzir 1 milhão de pés de couve-flor Alpina por ano. Escolhi a variedade pela coloração, branca e pesada.  A característica que mais me chama a atenção é o formato do pé”, comenta Eliezer Iaronka.

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