Hercules Diniz Campos
Lilianne Martins Ribeiro
Doutores em Agronomia e professores – Universidade de Rio Verde (UniRV)
O crescente aumento da ocorrência de doenças na cultura do milho tem culminado em redução significativa na produtividade e na qualidade dos grãos em várias regiões produtoras do país. Não só em cultivos irrigados e plantios de verão, mas é na safrinha que se caracterizou como monocultura em função de se tornar uma importante estratégia de sucessão para soja.
Monitoramentos de doenças na cultura do milho realizados recentemente pela UniRV – Universidade de Rio Verde (FESURV), Campos Pesquisa Agrícola e outras instituições de pesquisas têm evidenciado que a mancha de Phaeosphaeria ou mancha branca, a mancha de Cercospora, as ferrugens, com destaque para a ferrugem polissora, as helmintosporioses, a mancha foliar e podridão de espigas por Stenocarpella (sin. Diplodia), as podridões de raízes, colmo e espigas causadas por Fusarium spp. e os enfezamentos (vermelho e pálido) estão entre as doenças de maior ocorrência em cultivos de safrinha na região do Cerrado.
Evolução das doenças
Apesar do complexo de doenças vir aumentando a cada ano nos cultivos de safrinha, as doenças, isoladamente, também têm se manifestado de forma diferente, fato que está intimamente relacionado às inconstâncias climáticas neste período de cultivo, assim como a própria instabilidade dos níveis de resistência/tolerância dos híbridos em questão.
Outro fato que merece destaque é o monocultivo praticado em condições de safrinha. Portanto, mesmo atuando em um complexo, cada doença pode ser mais ou menos problemática em função desses fatores, o que torna necessárias informações pertinentes ao histórico da área, a identificação correta da doença e, consequentemente, a implementação de medidas de controle mais efetivas.
Mancha de Phaeosphaeria
Amancha de Phaeosphaeria ou mancha branca ou pinta brancaé uma doença distribuÃda em todas as regiões produtoras de milho do País. De acordo com a resistência do híbrido, as perdas em lavouras no Centro-Oeste têm sido variáveis. Em área experimental no município de Rio Verde (GO), a redução na produtividade foi de 30 a 40% em híbridos suscetíveis. No entanto, nos últimos anos, em função da monocultura do milho safrinha e condições ambientais favoráveis, essas perdas chegam a ultrapassar 50% na produção de grãos.
A doença tem como agentes causais um complexo entre fungo (Phaeosphaeriamaydis e fases anamórficas) e bactéria (Pantoeaananatis). Assim, acredita-se na associação desses dois grupos de patógenos como causadores da doença, presentes em diferentes regiões produtoras.
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