A tecnologia implementada em fazendas no sul do Estado contribui para garantia da produtividade da soja na safra 2021/22
Por William Damas, Especialista Agronômico Netafim
O ano de 2021 foi repleto de desafios climáticos para os produtores de grãos do Estado do Mato Grosso do Sul, principalmente na segunda safra de milho quando as produtividades foram muito prejudicadas, primeiramente pelo déficit hídrico e depois pelas várias geadas que atingiram principalmente a região sul do estado nos meses de Junho e Julho.
Similar a outras regiões produtoras de grãos do sul do país, a safra 2021/22 também não começou fácil novamente para os produtores locais, a soja no sul do Estado foi muito prejudicada pela seca no período de desenvolvimento do cultivo, acarretando mal desenvolvimento das plantas e enchimentos dos grãos, consequentemente gerando grandes perdas em produtividade, o que ocasionou uma corrida ao acionamento do seguro rural por muitos produtores. A situação levou o Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, a exemplo de outros estados do sul do país, a decretar emergência nas 79 cidades do Estado no início do ano, em função da seca e estiagem.
O mapa abaixo ilustra a porcentagem de lavouras ruins prejudicadas pela seca no sul do Estado de Mato Grosso do Sul.
Confirmando as previsões, informações compartilhadas por fazendas e agrônomos locais com início da colheita da soja, indicam que as médias de produtividade nas áreas de sequeiro estão ficando abaixo das 30 sacas por hectare, muito abaixo do potencial produtivo esperado.
Ao contrário deste cenário de perdas que está ocorrendo em várias propriedades devido à estiagem, fazendas na região que implementaram o sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo estão colhendo os frutos deste estratégico investimento, garantindo a produção e reduzindo os prejuízos pela instabilidade climática.
Um exemplo disto é a Fazenda Esperança, localizada no município de Itaporã (MS), na região da Grande Dourados, umas das regiões que mais sofreram com o déficit hídrico na safra de soja. Em uma área de 144 ha da fazenda irrigada por gotejamento subterrâneo, as médias de produtividade foram superiores a 60 sacas/ha, enquanto nas áreas mantidas em sequeiro as médias foram em torno de 25 sacas/ha. Ou seja, na média a área irrigada a produtividade foi 140% superior quando comparado ao sequeiro. Com os benefícios da irrigação observadas no primeiro projeto, a fazenda investiu em mais 200 ha de irrigação por gotejamento, a ser instalado na entressafra deste presente ano.
Outra fazenda que se beneficiou da irrigação por gotejamento subterrâneo, logo na primeira safra após a instalação, foi a Bela Vista, no município de Douradina (MS), em seus 330 ha de área plantada de soja, foram registrados somente 50 mm de chuvas no mês de Janeiro, muito abaixo das médias locais para o período, com o déficit hídrico as área de sequeiro estão ficando abaixo das 30 sacas/ha, enquanto que a área irrigada por gotejamento, em torno de 140 ha, ainda em processo de colheita, já demonstra produtividades médias 100% superior às áreas de sequeiro.
Os exemplos nos demonstram que a irrigação é uma importante e estratégica ferramenta para o produtor garantir e aumentar sua produtividade, diminuir os prejuízos e impacto das instabilidades climáticas, as quais estão cada vez mais frequentes e imprevistas.
Sobre a Netafim
Fundada em um pequeno kibbutz em Israel há mais de 50 anos, a Netafim é pioneira e líder mundial em soluções para irrigação. Com atuação em mais de 110 países, chegou ao Brasil na década de 1990, com um portfólio completo de produtos e soluções inovadoras de irrigação por gotejamento, que visam contribuir com o eficiente uso da água, aumentando a produtividade na agricultura e trazendo mais tranquilidade ao produtor rural