A escassez hÃdrica que vem ocorrendo no sudeste brasileiro tem reduzido significativamente a disponibilidade de água para abastecimento humano, para processos industriais e para a agropecuária. Na bacia do rio Doce essa escassez vem sendo agravada pelo estado atual de degradação da bacia.
O aspecto mais marcante dessa degradação refere-se à alta compactação dos solos, fato que impede a infiltração de água das chuvas, amplia o escoamento superficial e provoca erosões e assoreamentos dos rios, além de reduzir a fertilidade dos solos. O excesso de escoamento superficial é causador de desequilíbrios na bacia do rio Doce, como enchentes na estação chuvosa e escassez de água na estação seca.
Subsolagem
Consciente desse grave problema, a Cenibra vem investindo para ampliar a infiltração de água no solo em suas propriedades e faz isso por meio da subsolagem, técnica realizada com uso de trator agrícola e subsolador.
Trata-se de uma técnica simples, por meio da qual o solo é cortado numa profundidade de cerca de 60 centÃmetros, em linha perpendicular à declividade do terreno, abrindo sulcos para infiltração da água no solo no momento das chuvas.
Projeto piloto em Sabinópolis
Como uma empresa cidadã, a Cenibra vem envidando esforços para que esta técnica seja amplamente adotada na bacia do rio Doce. E vem fazendo isso em parceria com instituições e municípios.
Um exemplo é o projeto que está sendo realizado em Sabinópolis, onde o abastecimento de água para a população atingiu níveis crÃticos nos últimos anos. Para aumentar a infiltração de água nos solos e abastecer o lençol freático, está sendo realizada a subsolagem nas propriedades inseridas no manancial. O projeto vem sendo desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal, SAAE e Emater.
Os benefícios gerados vão além do aumento da disponibilidade de água para a cidade. A subsolagem contribui também para aumento da produtividade da agropecuária e para melhoria da qualidade da água.
“Nossa expectativa é de que os municípios e os produtores rurais invistam em técnicas para aumentar a infiltração de água no solo, de forma que tenhamos, no futuro, uma bacia hidrográfica mais eficiente na produção de água e com menores riscos de enchentes e de escassez hÃdrica“, avalia o especialista ambiental, Sebastião Tomas Carvalho.
Essa matéria você encontra na edição de novembro/dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar.