28.6 C
Uberlândia
domingo, maio 5, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosGrãosNovas tecnologias no manejo de enxofre e micronutrientes em cana

Novas tecnologias no manejo de enxofre e micronutrientes em cana

Pedro Miguel Bernardes Silva

Edmur Corral Gonzaga de Camargo

Graduandos em Engenharia Agronômica – ESALQ e estagiários do Grupo de Apoio a Pesquisa e Extensão (GAPE)

gape@usp.br

 

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

O enxofre atua em conjunto com o nitrogênio no metabolismo das plantas, sendo sua principal função como constituinte de dois aminoácidos – cisteína e metionina, e de enzimas relacionadas com a fixação do nitrogênio. A maior metabolização do nitrogênio é obtida com a nutrição adequada de enxofre.

Essencialidade

O uso de micronutrientes tem se tornado cada vez mais necessário à produção da cana-de-açúcar, uma vez que a cultura tem se expandindo para áreas de solos com baixa fertilidade e se tornado mais produtiva, resultando em maior demanda por esses nutrientes.

Segundo Orlando Filho et al. (2001), frequentemente as plantas de cana-de-açúcar não apresentam sintomas visíveis quando deficientes em micronutrientes, fenômeno conhecido como “fome oculta“.

Os micronutrientes são responsáveis por conferir às plantas, entre outros fatores, maior resistência a pragas e doenças, aumentando a qualidade, a longevidade e a produtividade dos canaviais.

Algumas das funções descritas por pesquisadores indicam que os micronutrientes estão envolvidos em processos enzimáticos da planta, como os casos do zinco (Zn), cobre (Cu), manganês (Mn) e molibdênio (Mo). Além de processos enzimáticos, resultados indicam que o boro (B) está envolvido no transporte de carboidratos para o colmo, podendo elevar o ATR dos canaviais.

Mais produtividade

No caso do enxofre, em solos com baixos teores do nutriente a aplicação pode gerar incrementos de até 30% no rendimento do canavial. Em relação aos micronutrientes, experimentos demonstraram que estes podem alavancar a produtividade dos canaviais em até 10 t ha-1, variando de acordo com o potencial produtivo de cada variedade, teores de nutrientes no solo, entre outros fatores.

 FotosShutterstock
FotosShutterstock

Manejo

O manejo adequado deve ser realizado de forma que na implantação do canavial se aplique a dose correta e suficiente de micronutrientes e enxofre para todos os cortes da cultura, com exceção do boro, que deve ser complementado em cana-soca devido às elevadas perdas deste nutriente no solo.

Os micronutrientes podem ser aplicados junto ao fertilizante NPK no sulco de plantio, enquanto o gesso deve ser aplicado em área total, antes da sulcação.

Dose certa

A dosagem de micronutrientes é definida de acordo com os teores no solo. No caso do Zn, caso os teores estiverem menores do que 1,2 mg dm-3 devem-se aplicar de 3,0 a 5,0 kg ha-1.

Já para o cobre, aplicam-se de 2,0 a 3,0 kg ha-1, caso o solo apresente teores menores do que 0,8 mg dm-3, enquanto para o B, quando o solo expressar teores menores do que 0,6 mg dm-3 sugere-se a aplicação de 1,0 a 2,0 kg ha-1.

Por fim, se o solo apresentar teores de Mn menores que 5 mg dm-3, recomenda-se a aplicação de 3,0 a 5,0 kg ha-1. É importante frisar que, para todos os casos, as menores doses são para solos arenosos e as maiores para solos argilosos. Já para o enxofre (S), quando o solo apresentar teores menores que 15 mg dm-3, recomenda-se aplicação da dose mínima de 500 kg ha-1 de gesso.

O manejo adequado deve ser realizado de forma que na implantação do canavial aplique-se a dose correta e suficiente de micronutrientes e enxofre para todos os cortes da cultura, com exceção do boro, que deve ser complementado em cana-soca devido às elevadas perdas deste nutriente no solo.

Os micronutrientes podem ser aplicados junto ao fertilizante NPK no sulco de plantio, enquanto o gesso deve ser aplicado em área total antes da sulcação.

Custo x benefício

O custo da aplicação dos micronutrientes varia de acordo com a tecnologia utilizada, sendo que o custo operacional muda pouco, pois se recomenda a aplicação junto ao fertilizante de plantio. Já para o caso do enxofre, o custo se refere ao preço do gesso ou fonte alternativa utilizada.

Para a aplicação do gesso, deve-se levar em conta o custo operacional devido à aplicação do mesmo separadamente. O uso adequado destes nutrientes possibilitará maior longevidade, qualidade e produtividade dos canaviais, diluindo, assim, o custo da implantação dos mesmos e gerando maior rentabilidade ao produtor.

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro 2015  da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

ARTIGOS RELACIONADOS

Spraytec – Eficiência + Sanidade = Maior lucratividade

Com sua matriz na cidade de Maringá (PR), a Spraytec se destaca pela inovação tecnológica, qualidade de seus produtos e estrutura de produção. Geramos...

Monitoramento nutricional garante alta produtividade

  Lafayete Gonçalves Campelo Martins Engenheiro florestal, doutor em Nutrição de Plantas, consultor e professor da Faculdade de Estudos Superiores de Minas Gerais lafayetecampelo@gmail.com   Os sintomas de deficiência...

Solo – Calagem nos pomares de citros

Autores Bruno Novaes Menezes Martins Engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia/Horticultura – FCA/UNESP brunonovaes17@hotmail.com Letícia Galhardo Jorge Bióloga e mestranda em Botânica - IBB/UNESP...

Fertilizantes Omega apresenta Linha Aminum

A Fertilizantes Omega, por meio de sua Divisão Phytotech, desenvolveu na Linha Aminum a família Thor, com objetivo de fornecer: L-Aminoácidos de cadeia curta, obtidos...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!