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Monitoramento é fator decisivo contra a proliferação da Helicoverpa no Mato Grosso

Segundo especialistas, fazendas com prevenção contínua não apresentam chance de surto ao contrário das lavouras que não investiram na manutenção

 

Helicoverpa armigera
Helicoverpa armigera

Há mais de cinco safras, a Helicoverpa armigera tem causado grandes danos nas lavouras e gerado forte impacto na economia agrícola do Mato Grosso. Desde o final do ano passado, o estado se encontra em emergência sanitária na luta contra a praga. Porém, ainda assim, em 2015 grandes plantações foram atacadas pela larva.

Em posts divulgados no início de dezembro no Facebook do coordenador de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, uma fazenda em Campos de Julio teve 53,2% de suas vagens afetadas. Segundo ele, desde que a Helicoverpa chegou ao Brasil, este foi um dos maiores ataques da praga que já viu.

A ausência de monitoramento constante é um dos principais fatores que influenciam na propagação da lagarta. De acordo com especialistas, o método é fundamental para que o produtor saiba quais as reais condições da lavoura em relação à presença, controle e danos, porque só assim é possível identificar a hora certa de aplicação de agentes de acordo com o nível dos problemas.

A continuidade de aplicação das técnicas traz benefícios claros para os produtores. Muitos afirmam que a manutenção das armadilhas e o controle biológico fizeram com que a lagarta não ameaçasse o início da safra. “Estamos monitorando a aparição da Helicoverpa e tudo está controlado graças a isso“, afirma o produtor rural, Moacir Pecinin.

Na lavoura Pivatto, os engenheiros agrônomos Ademir Pivatto e José Roberto Santos de Souza fazem duas vezes por semana o monitoramento, não só com armadilha, mas também com pano de batida. “Fazemos a contagem de lagartas pequenas, médias, grandes, presença de ovos e presença de mariposas“, diz Ademir. “Desde o início ela está presente, apareceu bem cedo, já na emergência, mas não tem aumentado graças ao monitoramento.“

O Mato Grosso segue com medidas de eliminação da lagarta, a qual ainda pode causar muitos estragos, em especial nas safras de soja, milho e algodão. Uma dessas medidas, o monitoramento, conta com o apoio da IHARA, que trabalha na conscientização dos produtores locais, fornecendo informações e ferramentas para o combate da lagarta.

Apesar de ter sido mais controlada no último ano, a praga inda pode causar estragos, justamente por conta do descuido. Como não houve pressão em 2014, muitos produtores relaxaram o monitoramento por conta do clima que não estava favorável para proliferação.

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