20.6 C
Uberlândia
domingo, novembro 24, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosSafra 2018/19 - Planejamento traz boas perspectivas para a soja e o...

Safra 2018/19 – Planejamento traz boas perspectivas para a soja e o milho

 

A área cultivada e a produção de soja e milho no Brasil deverão continuar crescendo. Por esse motivo, é urgente que o planejamento seja a primeira ação do produtor, ao iniciar sua safra

Amélio Dall’Agnol

Pesquisador da Embrapa Soja

amelio.dallagnol@embrapa.br

Crédito Shutterstock

Mais uma primavera chegou e com ela o início de uma nova safra de verão, que promete não ser menor do que as supersafras de 2015/16 e 2016/17. A soja, principal lavoura do Brasil, surpreendeu nesta safra, fechando a temporada 2017/18 com mais de 119 milhões de toneladas (Mt).

O milho, a segunda cultura mais importante, não repetiu o bom desempenho da safra anterior (98 Mt) e termina o ano 16 Mt menor (82 Mt), consequência da estiagem que afetou a 2ª safra, cuja semeadura foi retardada pelo atraso no estabelecimento da lavoura de soja, que também sofreu com a falta de chuvas no início da primavera.

A safra de algodão foi excepcional, com cerca de 2,0 Mt de pluma. As demais culturas não apresentam surpresas e deverão repetir o volume colhido na safra anterior, aproximadamente 12 Mt de arroz, 5,3 Mt de trigo e 3,6 Mt de feijão.

A safra de grãos deverá fechar a colheita de 2018 com cerca de 228 Mt; 10 Mt menor que os grãos colhidos em 2017, sendo que mais de 80% desse volume é representado pelas lavouras de soja e de milho, conforme indicado na figura a seguir.

 

Importância econômica

Outubro e novembro é o período mais indicado para semear a soja – Crédito Claudinei Kappes

Segundo a FAO, a produção agrícola do Brasil evoluiu rapidamente a partir da década de 1970 e tornou-se o 3º maior exportador de alimentos, depois da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos (EUA), ou 2º, se considerarmos que a UE não é um país, mas um bloco econômico e político de países.

A área cultivada e a produção de soja e de milho no Brasil deverão continuar crescendo, dadas as imensas reservas de terras aptas e disponíveis para mais produção e, principalmente, por causa da crescente demanda desses grãos para formular as rações que alimentam os animais produtores de carne, cujo consumo aumenta com o crescimento da renda per capita da população.

No Sul do Brasil, o milho 1ª safra tem apresentado tendência de redução de área em favor da soja nas duas últimas décadas, mas, dados os bons preços atuais do cereal, o grão poderá não ter sua área reduzida na próxima temporada e poderá até aumentá-la, intuindo sobre a possibilidade de uma colheita superior 100 Mt, se o clima não prejudicar.

As condições climáticas são imprevisíveis, apesar dos muitos acertos nas previsões dos institutos que monitoram o clima. Segundo essas previsões, nada indica que teremos sérias inconveniências climáticas na safra que se avizinha, para cuja temporada está-se prevendo a ocorrência do fenômeno El Niño, projetando mais chuva do que o normal para o Sul e menos umidade do que a tradicional para o Nordeste.

 

Panorama

Crédito Shutterstock

O plantio do milho 1ª safra já vai adiantado e o da soja já começou em algumas regiões tropicais contempladas com chuvas recentemente. Outubro e novembro é o período mais indicado para semear a soja, mas a data pode ser antecipada em áreas com temperaturas mais amenas e úmidas, desde que as semeaduras não ocorram antes de finalizado o vazio sanitário.

Considerando que muitos agricultores pretendem semear milho na sequência da soja, é fundamental a escolha da cultivar certa para favorecer essa parceria, priorizando variedades de soja de ciclo mais curto, mas com bom desenvolvimento quando semeadas antecipadamente.

O plantio antecipado da soja com cultivares precoces favorece a antecipação da semeadura do milho 2ª safra, disponibilizando uma janela de plantio mais apropriada para o cereal, favorecendo maior produtividade.

No início de safra é importante que o produtor tenha realizada a dessecação da cobertura e/ou das plantas daninhas, tenha corrigido os defeitos nos terraços de contenção de enxurradas, tenha ajustado seus equipamentos de semeadura para uma melhor plantabilidade e tenha negociado a aquisição das sementes e dos fertilizantes a preços convenientes, visto que, a depender do ano, a maior parcela do lucro da safra poderá vir da boa negociação na aquisição dos insumos e comercialização da produção.

Crédito Shutterstock

 

Essa é parte da matéria de capa da Revista Campo & Negócios Grãos, edição de novembro de 2018. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

ARTIGOS RELACIONADOS

Melão nobre no Cerrado

Pesquisa realizada nos campos experimentais da Embrapa Hortaliças, no Distrito Federal,

Manejo em busca de altas produtividades no feijoeiro

De ciclo relativamente curto - 75 a 90 dias - é uma cultura exigente em nutrientes, água e manejo fitossanitário para completar satisfatoriamente seu ciclo e expressar ao máximo o seu potencial produtivo.

Fósforo aumenta a produtividade da batata

  Gustavo Antonio Faria Rabêlo Técnico em Agricultura e Zootecnia " IFMG- campus Bambuí, Graduando em Agronomia na Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro do grupo...

Como funciona o substrato para morango em slabs?

Trata-se de um substrato de baixa capacidade de translocação lateral da solução nutritiva, deixando a parte inferior do substrato com uma umidade superior à da parte superior.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!