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Ácaro-rajado em morango exige controle imediato e eficiente

Mário Calvino Palombini

Engenheiro agrônomo, produtor e consultor técnico

vermelhonatural@hotmail.com

Crédito José Mauro Balbino

O ácaro-rajado é umas das principais pragas da cultura do morango. Por ser praga populacional, é de difícil controle e seus danos podem comprometer o desempenho de toda a lavoura.

Seu local de atuação é na parte inferior da folha, e o dano ocorre pela destruição individualizada das células, começando com manchas cloróticas, com pontuações que evoluem para o bronzeamento da folha. Esta ação ocorre por meio do seu aparelho bucal picador/sugador.

O efeito fisiológico na planta ocorre pela redução da taxa de transpiração, diminuindo a atividade fotossintética e acarretando na redução do tamanho da folha e do porte da planta, retardando a velocidade de crescimento, com a redução da produtividade.

O nível de dano está diretamente ligado ao nível de infestação. Com 2,5 a 05 ácaros-dia/cm2 os danos são pequenos, mas acima disso já são severos. A transpiração diminui rapidamente em 42% com até 15 ácaros-dia/cm2. Mas, com a população de 35 ácaros-dia/cm2 a transpiração diminui gradualmente em mais 11%. Com 50 ácaros-dia/cm2 a transpiração será reduzida em torno de 60%.

 

Controle fitossanitário

Sintomas do ácaro rajado no morangueiro – Crédito Mário Calvino Palombini

Os tratamentos podem ser químicos ou biológicos. Por se tratar de uma praga de difícilcontrole, principalmente no caso de populações altas, o monitoramento é importante para avaliar as características da infecção e determinar as técnicas de controle fitossanitárias adequadas.

Devo ressaltar que no monitoramento de campo não é possível distinguir Amblydeiuscalifornicus de Amblyseiusswirskii, Neoseiuluscucumeris ou Amblydromaluslimonicus.

No caso dos tratamentos químicos com acaricidas, o monitoramento é importante para determinaro acaricida mais indicado, se atua como ovicida ou somente em adultos, a época de aplicação, o número de repetições e o intervalo entre as aplicações.

Os ácaros possuem uma capacidade de criar resistência a acaricidas, não sendo recomendada a aplicação de mais de duas vezes seguidas do mesmo grupo químico, devendo-se limitar o número de aplicações por ciclo da cultura.

Na aplicação, deve-seproporcionar uma distribuição uniforme do defensivo pela planta, principalmente na parte inferior da folha, procurando atingir adequadamente os ácaros-alvos. Para este fim, é recomendadoutilizar espalhante adesivo,adotar a vazão, a pressão,o tipo e o posicionamento dos bicos de pulverização adequados.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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