Autor
Mário Calvino Palombini – engenheiro agrônomo e proprietário da Vermelho Natural – vermelhonatural@hotmail.com
A maioria dos controles fitossanitários ocorrem por meio das pulverizações, com exceção de alguns tratamentos biológicos e sistemas alternativos. O primeiro cuidado em relação aos tratamentos é a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI), de forma adequada e condizente com os tratamentos a serem utilizados.
Na aplicação de fitofarmacêuticos, deve-se levar em consideração os seguintes fatores:
þ Ser adequados e dimensionados para permitir a correta vazão, pressão de funcionamento e possibilitando a aplicação em tempo hábil com a distribuição recomendados;
þ Os equipamentos devem se encontrar em bom estado para assegurar o correto funcionamento e evitar vazamentos acidentais;
þ Os equipamentos devem ser inspecionados antes de cada aplicação;
þ Os equipamentos somente devem ser operados dentro dos limites de sua capacidade, dentro das especificações e das respectivas orientações técnicas;
þ Ter o armazém do fitofarmacêutico em bom estado, de dimensões adequadas, com a manutenção adequada para assegurar que evite vazamentos acidentais;
þ Não se recomenda usar para outros fins os equipamentos e utensílios destinados para tratamento fitossanitário.
Recomendações
As recomendações técnicas de diluição dos fitofarmacêuticos em água podem ocorrer de duas formas: pode ser indicada a quantidade de fitofarmacêuticos por hectare, neste caso calculando a diluição em água conforme a recomendação do volume de água a ser utilizado.
Outra forma de recomendação é a quantidade de fitofarmacêuticos a serem diluídos por quantidade de água. Este fator é importante porque determinados agentes de controle fitossanitários necessitam, para a sua eficiência, de uma diluição adequada, e em outros a água é apenas um meio de transporte até a lavoura.
Alguns fitofarmacêuticos podem ter recomendações vinculadas ao pH da calda, que pode alterar sua composição. O horário de aplicação também deve ser considerado, devido à questão da temperatura e umidade do ar, fatores necessários para a eficiência do agente fitossanitário ou devido a alguma fitotoxidade.
Também se deve avaliar a intensidade do vento, podendo alterar o comportamento da gota durante a pulverização.
O objetivo do tratamento é distribuir adequadamente e de forma eficiente os agentes fitossanitários na planta ou em partes específicas da lavoura. Para isso, é necessário uma boa distribuição dos fitofarmacêuticos. Neste caso, deve-se avaliar alguns fatores que influenciam nesta distribuição:
; A velocidade de deslocamento do operador ou equipamento, influenciando a quantidade de calda a ser empregada e sua distribuição;
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; A pressão de funcionamento que irá influenciar o tamanho da gota e quanto irá penetrar no interior na planta, bem como a intensidade de deriva;
; O tipo e quantidade de bicos, que irão variar as características do tratamento. É preciso levar em consideração se é do tipo leque ou cônico, o tamanho da gota que proporciona, o seu grau de deriva, o ângulo de atuação e a sua vazão;
; O volume da massa vegetativa: quanto maior o volume vegetativo, maior é a quantidade de calda utilizada e maior deve ser a sua penetração na planta;
; Os pontos na planta em que a calda possui maior dificuldade em atingir: caso necessário, é recomendado dirigir um bico especifico para estes pontos;
; Deve-se observar o tipo e a exigência de distribuição dos fitofarmacêuticos, levando em consideração a necessidade ou não de adicionar a calda espalhante adesiva.