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Lavagem e sanitização das pencas de bananas

Autora

Martha Cristina Ramos Engenheira agrônoma, mestra e Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)marthinha.ramos@yahoo.com.br

Bananas sendo lavadas – Crédito: Martha Cristina Pereira

Após a colheita, os cachos são transportados até o galpão de embalagem e são dispostos um ao lado do outro, suspensos por ganchos móveis embutidos em trilhos para realização do despencamento.

 As pencas são transferidas para imersão em tanque de lavagem, que contenha 1% de detergente doméstico, para eliminação dos restos florais e de dedos defeituosos devido ao excesso de curvatura, assim aqueles que não atingiram o comprimento exigido.

Dependendo da exigência de mercado, as pencas são divididas em subpencas, com um mínimo de seis dedos e máximo de 12, unidos pela mesma almofada. Além disso, o detergente tem um efeito profilático, pois elimina total ou parcialmente esporos de fungos que se manifestam durante a maturação, principalmente nas condições de alta umidade das câmaras de climatização.

Após a primeira lavagem, as pencas são transferidas para um segundo tanque, objetivando remover e precipitar o látex (seiva ou leite) que escorre sobre os frutos após o despencamento e evitar o surgimento de manchas escuras na casca, após o amadurecimento. Deve ser utilizado o sulfato de alumínio, na concentração de 1% em mistura com água, sendo que as pencas devem permanecer neste tanque de 15 a 30 segundos.

Os frutos com danos mecânicos ou físicos, devido ao ataque de pragas ou ao transporte inadequado, são eliminados. Das subpencas perfeitas, elimina-se o excesso de almofada, para melhor acondicioná-las nas caixas, sem o perigo de causar danos aos frutos das outras subpencas ou buquês.

Completada a lavagem, as subpencas são colocadas em bandejas plásticas com capacidade de aproximadamente 18,0 kg, as quais passam por uma câmara de pulverização com produtos químicos destinados a proteger a fruta do ataque de doenças pós-colheita.

Fique longe dos erros

Os principais erros relacionados à técnica são:

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Ü É importante lembrar que, caso a água utilizada na limpeza e sanitização das penCas não seja tratada, é importante fazer a cloração da água (para cada 1L de água, colocar 10 mL de hipoclorito de sódio – 2% de cloro ativo ou água sanitária).

Ü Alguns cuidados devem ser tomados, como evitar choque das pencas com as paredes dos tanques, e entre pencas dentro dos tanques.

Ü Se não for feito este procedimento de lavagem, os frutos poderão apresentar-se com manchas escuras nas cascas, após o amadurecimento.

Métodos de lavagem

Como exemplo de trabalho prático, Silva et al. (2016) avaliaram, durante dez meses, a intensidade da antracnose e o efeito da lavagem e da sanitização das frutas no controle da doença em pós-colheita de bananas.

Eles concluíram que lavagem dos frutos com detergente neutro e hipoclorito de sódio a 2%, seguida de aplicação do fungicida Imazalil, é a técnica mais eficiente de controle do fito patógeno.

Apesar de alguns produtores não utilizarem esta técnica, as frutas lavadas têm melhor aparência, uma vez que são eliminados os restos florais que persistem após o desenvolvimento do cacho, bem como o látex.

O investimento para a técnica fica restrito ao tanque para imersão e lavagem das frutas. Este pode ser construído ou comprado, o que vai depender do valor que o produtor está disposto a investir.

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AutoresVeridiana Zocoler de Mendonça Engenheira agrônoma e doutora em Agronomia/Energia na Agricultura veridianazm@yahoo.com.br Jackson Mirellys Azevêdo Souza Engenheiro agrônomo, doutor em Agronomia/Horticultura e pós-doutorando...

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