20.5 C
Uberlândia
domingo, novembro 24, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesBiológicos: Eficiência e quebra de resistência

Biológicos: Eficiência e quebra de resistência

Sintomas do mofo-branco em alface – Crédito: Claudinei Kappes

O manejo biológico tem crescido cada vez mais na agricultura brasileira e tem se tornado um grande aliado para manejo de diversas doenças e pragas. Por definição, o manejo biológico é o uso de inimigos naturais como predadores, parasitoides e microrganismos, para o controle de pragas e doenças.

O mercado biológico cresce mais de 10% ao ano no Brasil, e principalmente no mercado de HF tem tomado evidência pela crescente preocupação com a sustentabilidade e segurança alimentar. Além disso, os produtos biológicos conseguem quebrar A resistência de pragas e doenças aumentando nosso potencial de manejo sanitário.

Solução eficiente

A principal utilização de microrganismos em HF é no combate de patógenos de solo, que causam principalmente doenças radiculares e foliares. E, para o manejo especificamente de doenças, temos alguns microrganismos que apresentam grande eficiência de controle, como os Trichoderma spp. e o Bacillus amyloliquefaciens presentes no Pardella.

O Pardella é um fungicida microbiológico à base de três ativos: O Trichoderma harzianum, o Trichoderma asperellum e o Bacillus amyloliquefaciens. O conjunto de ação dos três organismos consegue combater tanto patógenos de solo, que causam as podridões radiculares, com também patógenos de parte aérea, que causam problemas principalmente em caules e folhas, como a antracnose.

O Trichoderma spp. já foi estudado para diversas culturas como agente de controle, combatendo muitas doenças limitantes em hortaliças. Os mecanismos de ação do Pardella acontecem principalmente de três formas: antibiose, parasitismo e competição.

Foco

Os fungos do gênero Trichoderma têm como característica a capacidade de parasitar outros fungos. Espécies de Trichoderma, como as presentes no Pardella, têm a capacidade de produzir enzimas que degradam a parede celular dos fungos patogênicos, como as quitinases e proteases, que vão degradar a parede celular dos fungos causadores de doenças e, como consequência, reduzir a presença do patógeno na área e trazer sanidade para a cultura.

A antibiose é a ação que tanto o T. harzianum, T. asperellum, quanto B. amyloliquefaciens presentes no Pardella vão causar em patógenos por meio de produção de metabólitos secundários. Essas substâncias têm potencial antifúngico e fazem com que a eficiência de combate aos patógenos aumente, gerando maior proteção e sanidade.

Direto ao alvo

A competição é o comportamento dos organismos por espaço ou recursos. A capacidade de crescimento dos três organismos no Pardella, e principalmente a compatibilidade e ação em conjunto fazem com que eles cresçam de forma rápida e tomem espaço das populações de patógenos, se estabelecendo mais rápido no ambiente. Isso faz com que os problemas de doenças radiculares diminuam devido à redução da população dos patógenos. A capacidade dos organismos presentes no Pardella faz com que possamos utilizar essa ferramenta de manejo nas principais doenças causadas em hortaliças e nos traz um grande potencial de sanidade, manejando o complexo de doenças de forma mais eficiente e com menor impacto de contaminação dos alimentos e meio ambiente.    

Artigo anterior
Próximo artigo
ARTIGOS RELACIONADOS

Bioinoculante eleva a produtividade

Biofree, desenvolvido pela Biotrop, é o único a combinar a mobilização de fósforo ...

Hazera – Sementes para altas produtividades

Esse é o segundo ano que a Hazera participa como expositora da Hortitec. “Para nós, esta é uma ocasião í­mpar de divulgação da marca e dos produtos para importantes agentes do mercado de hortaliças, especialmente canais de distribuição, produtores e técnicos. Na ocasião, consolidamos a marca Hazera como um dos principais fornecedores de semente de hortaliça do mercado, bem como incrementamos o 'network' da empresa“, define Beto Bittencourt, gerente geral da Hazera.

Bokashi aumenta a produtividade das folhosas

  Margarida Goréte Ferreira do Carmo Engenheira agrônoma, doutora em Fitopatologia e professora " Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) gorete@ufrrj.br Carlos Antônio dos Santos Engenheiro agrônomo...

Técnicas de manejo induz a floração

Maria Aparecida do C. Mouco Engenheira agrônoma, mestre e pesquisadora da Embrapa Semiárido João Antônio Silva de Albuquerque Engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Semiárido   A possibilidade de...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!