18.6 C
Uberlândia
segunda-feira, maio 6, 2024
- Publicidade -
InícioDestaquesAgricultura familiar

Agricultura familiar

Alface – Crédito: Shutterstock

A Embrapa Solos, em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), promove na próxima sexta-feira (23/07), às 10h, uma “Roda de Conversa” com agricultoras e agricultores de base familiar, mostrando a importância das tecnologias sociais na inclusão socioprodutiva das famílias rurais do Semiárido brasileiro. O evento é em alusão ao Dia da Agricultura Familiar/Agricultor Familiar (25/07), e será transmitido pelo canal do Youtube da Embrapa. A ideia é mostrar o fortalecimento da construção, do desenvolvimento e da apropriação de novos conhecimentos que estão promovendo processos no aumento da qualidade de vida das populações socialmente vulneráveis na sua capacidade de reprodução social e econômica. A abertura ficará a cargo da chefe geral da Embrapa Solos, Maria de Lourdes Mendonça. 
 
25 de julho é dia de festa, é dia de celebrar a agricultura familiar e aquele que colabora com a produção de alimentos saudáveis e de qualidade na mesa de brasileiras e brasileiros. O Dia da Agricultura Familiar foi instituído em todo o mundo em 2014. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para mostrar os desafios enfrentados por estas agricultoras e agricultores em produzir seus alimentos.

A Agricultura Familiar desempenha importante papel na sustentabilidade socioeconômica e ambiental, sempre em consonância com a preservação das tradições e os costumes locais. “Entretanto, os desafios a se superar para atender a demanda por alimentos saudáveis e em quantidade são muitos. Um destes desafios é a insegurança em relação a uma renda que garanta vida digna. A insuficiência de investimentos em infraestrutura produtiva, de beneficiamento, armazenamento, transportes e preços remuneradores, bem como o acesso a políticas públicas de cunho social como saúde, educação, previdência e transporte públicos, são fatores decisivos para a inclusão socioprodutiva das famílias agricultoras”, diz a pesquisadora da Embrapa Solos/UEP Recife, Maria Sonia Lopes da Silva. 

O termo “agricultura familiar” começou a ganhar legitimidade social e política no Brasil a partir de meados dos anos 1990, substituindo expressões como “pequenos produtores” ou “agricultores de subsistência”. No Semiárido do Nordeste brasileiro a agricultura familiar é um segmento social de expressiva importância socioeconômica no contexto regional. Apesar da grande seca que atingiu a região nos períodos de 2009/2012 e 2017/2019, a depender do local, o segmento familiar predomina numericamente em todos os estados e ocupa 74% da população envolvida em atividades agropecuárias, chegando a um contingente de 4,7 milhões de pessoas. 

O Semiárido brasileiro é uma região caracterizada pelas freqüentes ausências, escassez, alta variabilidade espacial e temporal das chuvas, com média anual entre 400 a 800 mm, e altos valores médios de evapotranspiração de 2.000mm.  O que tem contribuído para que a questão da produção de água, na região, para obtenção de alimentos e para dessedentação humana e animal, seja uma prioridade que vem sendo considerada quando se trata da elaboração e execução de políticas públicas destinadas a criar condições para reprodução socioeconômica e ambiental de indivíduos em situação de vulnerabilidade. Como consequência, a implantação de tecnologias sociais de captação e estocagem da água de chuva para usos múltiplos e, de um modo geral, para a convivência produtiva com o Semiárido, tem aumentado muito nos últimos anos por meio de programas governamentais e de iniciativas próprias, buscando formas de melhorar a qualidade de vida, a inclusão socioprodutiva, a geração de renda e de valor, produção da riqueza e a autonomia e dignidade das famílias agricultoras da região.

A Embrapa Solos, por meio da sua Unidade de Desenvolvimento e Pesquisa, localizada em Recife (UEP Recife), juntamente com seus parceiros, em especial com a ASA e a Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), vem desenvolvendo pesquisas que têm impactado positivamente no bem viver das famílias agricultoras por meio do uso adequado do solo, da água e dos cultivos, para aumentar a sustentabilidade de arranjos produtivos locais em ambiente de escassez de chuvas. O que tem fortalecido a diversificação do espaço rural e refletido num conjunto de funções socioeconômicas e ambientais, como a soberania alimentar e nutricional, a provisão de serviços ecossistêmicos e no papel das agricultoras(es) como guardiões da água, essencial à segurança hídrica. Tem também, realizado a construção social de inovações codesenvolvidas com as famílias do Semiárido do Nordeste, visando a sustentabilidade de agroecossistemas locais e almejando subsidiar políticas públicas para promover o desenvolvimento em outras regiões do Semiárido brasileiro vulneráveis social e economicamente. 

“É uma oportunidade de se falar da grandeza de homens e mulheres, que todos os dias, faça sol ou chuva, estão no campo, semeando a terra para colher alimentos, alimentando animais, contribuindo para a erradicação da fome e da pobreza, para o desenvolvimento sustentável. É falar de um modo de vida que compreende a importância da preservação ambiental e da valorização de um trabalho que se utiliza da terra para prover a alimentação de toda uma nação. Há mais de 500 milhões de propriedades agrícolas familiares no mundo. Já no Brasil, há mais de 4 milhões de estabelecimentos familiares rurais”, conclui Alexandre Henrique Pires, coordenador do Centro Sabiá e membro da coordenação executiva da ASA.

Artigo anterior
Próximo artigo
ARTIGOS RELACIONADOS

1º dia da Feira Cocatrel de Negócios em Três Pontas

A terça-feira de sol e com temperatura agradável levou muitas pessoas ao Espaço Cocatrel, em Três Pontas, para o primeiro dia da Feira Cocatrel de Negócios....

Opções de folhosas para cultivo hidropônico

A escolha das folhosas pode exigir experiência. Na hidroponia, antes de definir qual folhosa se pretende plantar, é bom levar em consideração o grau de experiência nesse tipo de cultivo. Há os experientes no ramo, os que já deram os primeiros passos ou fizeram algum curso e os amadores.

Valor da matéria orgânica é um dos temas do 1º Fórum Abisolo

Sob a condução do professor Vitti, da Esalq, a apresentação vai questionar a valorização da matéria orgânica para a agricultura e o meio ambiente.

Laboratório Lalleman Farroupilha – Neste você pode confiar

Há vários anos o Laboratório Lalleman Farroupilha está presente na Hortitec, uma feira que reúne produtores e profissionais do segmento de hortaliças do Brasil...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!