No Brasil, o agronegócio desempenha um papel fundamental na economia, sendo uma força motriz no desenvolvimento do país. O agronegócio brasileiro é responsável pela maior parte das exportações nacionais, além de desempenhar um papel crucial na geração de empregos tanto em áreas urbanas quanto rurais, impulsionando a inovação e a tecnologia.
No último ano, o Brasil conquistou posições significativas no mercado global, impulsionado pelo crescimento da China em relação aos Estados Unidos e pelos conflitos envolvendo a Ucrânia e a Rússia. De acordo com o Relatório do Departamento Econômico da FAESP, divulgado em 15 de setembro, com base nas informações do MDIC – Camex Star, espera-se que o Brasil alcance marcas históricas até o final do ano.
Impulsionado pelo agronegócio, o Brasil deve ter superávit recorde até o final do ano
De fato, os especialistas acreditam que o montante entre as compras internacionais e as vendas externas no agronegócio deve superar 90 bilhões de dólares até o final de 2023. É importante deixar claro que esse resultado deve ser o maior desde 1989. Essa projeção se baseia no fato de que, até o mês de agosto, já existem 62,4 bilhões de dólares acumulados em superávit, um avanço de 43%, em relação ao ano de 2022 no mesmo período.
Por conseguinte, tal desempenho encontra-se ligado principalmente ao aumento das quantidades exportadas, e não ao aumento dos valores dos produtos importados. Além disso, as quedas nas importações também contribuíram para explicar o superávit. No que tange ao acumulado do ano até então, as vendas externas atingiram 224,578 bilhões de dólares, mantendo-se no mesmo nível, quando comparadas com o mesmo período de 2022.
No entanto, em contrapartida, as compras feitas internacionalmente diminuíram 10,4%, totalizando 162,168 bilhões de dólares. De acordo com Julia Gottlieb, economista do Itaú Unibanco, “a alta (das exportações) está mais associada ao volume, resultado de uma safra recorde de soja e milho safrinha, além de um desempenho bom da indústria extrativa, com as exportações de petróleo”.
Nesse contexto, é notável que os profissionais da faculdade de engenharia agronômica e áreas correlatas têm trazido novas tecnologias para o agro, aumentando a produtividade. A relação entre eles é proporcional, uma vez que o aumento da produção encontra-se atrelado ao avanço técnico-científico-informacional, desde o melhoramento genético dos cultivares até a implementação dos objetos técnicos no espaço agrário.
O fato de o crescimento do superávit estar ligado à quantidade exportada, e não ao valor, é um fator positivo, segundo a economista. O excelente desempenho decorre das exportações de soja, milho e celulose, reforçando o papel do Brasil na divisão internacional de trabalho como exportador de commodities.
Por fim, é importante enfatizar que, segundo as estimativas do IBGE, a produção de oleaginosas e leguminosas deve registrar um aumento significativo, alcançando 313,3 milhões de toneladas, batendo um novo recorde.
Neste ano, o Brasil já superou a produção dos Estados Unidos na exportação de milho e está prestes a desbancar, também, o país no topo das exportações de algodão. Ao que tudo indica, para o agronegócio, o cenário deve continuar positivo.