19.6 C
Uberlândia
sábado, julho 27, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosAgronegócio olímpico sob condições adversas e sem regras para o fair play

Agronegócio olímpico sob condições adversas e sem regras para o fair play

 

José Luiz TejonMegido

Conselheiro fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM e é comentarista da Rede Estadão

 

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Saiu o PAP ” Plano Agrícola e Pecuário: mais cerca de R$ 30 bilhões no crédito agrícola, porém, com aumento de juros ” esse é o salto do gato. Safra passada tivemos R$ 156,1 bilhões de crédito agrícola.

Na safra 2015/16 teremos R$ 187,7 bi. Para o custeio teremos mais crédito, porém, a juros controlados, que crescem de 4,5 para 7,5%, e produtores com receita acima de R$ 90 milhões pagam 9% de juros controlados. Existirão apenas R$ 94,5 bilhões, ou seja, apenas 7,5% a mais em recursos, comparado ao ano passado.

O setor reclama que os custos de produção cresceram 15% e que a inflação será maior do que o montante do recurso oferecido para custeio a juros controlados. No custeio a juros livres, o aumento foi de 130% na disponibilidade, saindo de R$ 23 bi para R$ 53 bi. Mas juros livres na faixa de 17 a 23% ao ano.

 Para investimentos, o total dos recursos diminuiu 24%, comparado ao ano passado, também dentro dos juros controlados. Ou seja, o aumento da oferta de crédito, de verdade, está se dando a juros livres, que poderão variar conforme a instituição financeira, de 17 a 23% ao ano.

 Outras preocupações do campo estão no modelo de seguro rural, que apenas inicia neste ano com o SIS RURAL ” Sistema Integrado de Informações do Seguro Rural, e a eterna dúvida da chegada dos recursos a tempo hábil na mão dos produtores.

O pessoal do arroz reclama de não consideração dos custos do arroz irrigado, responsável por 90% do arroz consumido no Brasil, que teve consideráveis aumentos de energia elétrica, após a promessa de que o custo da energia iria cair no país.

E o programa da agricultura de baixo carbono, essencial para o posicionamento de sustentabilidade do agronegócio brasileiro, perdeu 1/3 dos recursos na próxima safra, caindo de R$ 4,5 bi, para R$ 3 bi.

O agronegócio no Brasil é uma olimpíada disputada a cada ano. Só que sob condições incertas e adversas, nunca dentro de instalações para alta performance, e com regras que promovam o fair play.

Essa matéria você encontra na edição de julho da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

As maiores produtividades de soja nesta safra

Leonardo Machado Engenheiro agrônomo e secretário executivo da ABRASS   A produtividade é uma variável importantíssima nos processos de avaliação de safra. São vários os fatores que...

Agrishow é o termômetro do agronegócio no Brasil

  Em sua 25ª edição, a Agrishow segue com reconhecimento nacional e internacional. É a terceira maior feira de tecnologia agrícola do mundo e a...

Psilídeo: Pesquisa identifica o volume de calda ideal

Recomendações permitem pulverizações mais assertivas, com ganhos econômicos e ambientais O controle químico do psilídeo, inseto vetor do greening, é uma ação fundamental para o manejo da...

Melão – Sabor conquista consumidores

  A região Nordeste, onde as temperaturas atingem níveis escaldantes, é propícia para a produção de melão - de grande valor de mercado no País...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!