Autor
Deniete Soares Magalhães – Engenheira agrônoma, mestra, doutora e PhD em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA) – denieteagro@yahoo.com.br
Os bioestimulantes são substâncias ou produtos constituídos pela mistura de reguladores vegetais ou biorreguladores com outras substâncias, como sais minerais, extratos de algas, microrganismos e aminoácidos.
Estes compostos, quando aplicados à planta ou à rizosfera, podem estimular processos naturais que promovem a eficiência do uso de nutrientes e a tolerância a múltiplos estresses, resultando em benefícios significativos na produção e desenvolvimento dos vegetais.
A aplicação do bioestimulante tende a aumentar sua capacidade antioxidante, reduzindo a toxicidade dos radicais livres e disponibilizando mais energia para a planta, mantendo o equilíbrio hormonal, o que a torna mais resistente e menos vulnerável às situações de estresse.
Assim, essas substâncias exercem efeito principalmente nas plantas cultivadas sob condições de estresse, podendo ser considerado, dessa forma, um calmante para as plantas estressadas.
Atuação
Os bioestimulantes atuam como ativadores do metabolismo das células na planta, favorecem o sistema imunológico, reativam processos fisiológicos nas diferentes fases de desenvolvimento, estimulam o crescimento radicular, induzem a formação de novos brotos, melhoram a qualidade e quantidade de frutos, entre outros.
Dessa forma, auxilia na absorção de água e nutrientes, possibilita um melhor desempenho das plantas, potencializa a resistência às condições de estresses ambientais, ataque de pragas e doenças, melhora o aproveitamento de nutrientes e absorção de água, além de favorecer o aumento da taxa fotossintética, resultando em um melhor desenvolvimento e produção.
Qualidade como objetivo
Essas substâncias atuam sobre a fisiologia da planta de diferentes formas e por variadas vias para melhorar a produtividade e qualidade. Podem ser aplicados via tratamento de sementes, sulco e pulverizações foliares.
É importante destacar que existe uma grande variedade de formulações, sendo que sua efetividade pode variar de acordo com a composição do produto, dose, época e forma de aplicação, além das condições do ambiente, de cultivo e de estresses aos quais as plantas são submetidas no momento da aplicação.
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Dessa forma, para garantir o sucesso do uso dos bioestimulantes é necessário avaliar as melhores condições para a espécie em questão. De maneira geral, é indicado iniciar a aplicação nos estágios iniciais do desenvolvimento da planta, ou durante a fase de formação dos frutos até a maturação.
As aplicações são eficientes quando realizadas em doses baixas, atuando em diversos processos metabólicos da planta, promovendo o equilíbrio hormonal e favorecendo a expressão do potencial genético do vegetal.
Além disso, os bioestimulantes podem exercer efeito positivo sobre a coloração, qualidade e quantidade dos frutos, indução de brotação, frutificação efetiva, aumento de energia (carboidratos), entre outros. Em bananeira, estudos comprovaram sua eficácia no aumento de número de pencas por cacho, maior número de frutos por cacho, maior massa média de fruto e aumento de produtividade por hectare.