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Brasil entre os maiores produtores de goiaba

Goiaba – Crédito: shutterstock

As Américas respondem por cerca de 45% da produção mundial de goiabas, fruta que hoje é encontrada em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, em virtude da sua fácil adaptação a diferentes climas e sua fácil propagação por semente.
As frutas apresentam ampla variação na forma, tamanho e cor, sendo as de polpa branca e vermelha as mais exploradas comercialmente.

Produção brasileira

Com produção estimada em mais de 40 milhões de toneladas, o Brasil é o 3º maior produtor de frutas do mundo. Nas estatísticas, a goiaba ocupa o 20º lugar entre as frutas.
O Brasil, com uma área estimada em torno de 20.000 hectares, é o terceiro maior produtor mundial de goiaba, destacando-se entre os maiores produtores, como Índia, Paquistão, México, Egito, Venezuela, África do Sul, Jamaica, Quênia e Austrália.
A goiaba é cultivada na maioria das regiões do Brasil, segundo IBGE

Fonte: Perfil da Fruticultura 2019

Área plantada

A área plantada de goiaba no Brasil está em crescimento, saindo de pouco mais de 15.000 ha, em 2007 para mais de 22.000 ha, em 2019.
ANO TON ÁREA (ha)
2007 316.301 15.069
2008 312.348 15.743
2009 297.377 1.5048
2010 323.872 1.5995
2011 342.528 1.5956
2012 345.332 15.231
2013 349.615 15.034
2014 359.349 15.923
2015 424.330 17.690
2016 415.181 17.195
2017 460.515 20.294
2018 578.803 21.574
2019 584.223 22.269
Fonte: IBGE

Importância econômica

A produção de goiabas gera renda para mais de 6 mil pequenos produtores em todo o País, totalizando R$ 800 milhões por ano, que além do consumo “in natura”, movimenta a agroindústria de doces, agregando maior valor comercial a esta cadeia.
A principal característica nutricional da goiaba é sua riqueza em fibras, vitamina C e sais minerais. As folhas da goiabeira rendem um chá para regularizar o intestino. A casca e a semente da fruta são usadas na fabricação de creme para a pele.

Oferta e demanda

Fonte: Ceagesp

O preço da goiaba no mercado apresenta tendência de alta, ao longo do tempo. Avaliando o preço médio recebido pelos atacadistas do CEAGESP/SP ao longo de seis anos, o gráfico mostra uma curva ascendente para o período, indicando uma valorização do produto.
Os melhores preços para o quilo da goiaba ao longo do ano são alcançados na Ceasa Rio. Em contrapartida, na Ceasa Minas – Belo Horizonte os preços são menores ao longo do ano.

Exportação e importação

Na exportação de goiabas in natura, o Brasil retomou o crescimento em volume a partir de 2018. Na tabela a seguir, o período de 2018 e 2019 apresentam valores maiores que 2017. Já analisando entre os anos de 2018 e 2019, a variação foi de 7,31% e 17% do peso e faturamento, respectivamente, para 2019.
O preço médio por quilo teve pequena queda em 2019, mesmo assim o volume aumentou, estimulado pela maior cotação do dólar no período e aumentando a competitividade no mercado externo.

Exportação de goiaba in natura
Ano Peso (kg) Valor (US$) Valor unitário (US$)
2010 147.348 326.364 2,21
2011 137.455 300.067 2,18
2012 119.705 275.502 2,30
2013 143.945 393.685 2,75
2014 170.776 443.961 2,59
2015 203.936 498.963 2,44
2016 172.099 398.798 2,31
2017 142.691 344.474 2,41
2018 166.706 402.274 2,41
2019 195.874 431.666 2,20

Balanço geral da cultura em 2020

Algumas regiões produtoras, principalmente Carlópolis (PR), foram buscar na certificação um instrumento para abrir as portas para a exportação, num momento que o mundo se preocupou com o abastecimento e consumo de alimentos mais saudáveis, na crise gerada pela pandemia.
A pandemia no Brasil também provocou a busca por uma alimentação mais saudável e elevou a procura por frutas, legumes e verduras (FLV). Nesta evolução, a goiaba apresentou bom desempenho de ofertas, estimulada pelo melhor preço no mercado.

Tendência para 2021

A goiabeira é uma cultura muito versátil, adaptando-se a diversas regiões do País. Pode ser cultivada em grandes ou em pequenas áreas, por isso tem grande potencial de expansão. Mesmo onde o consumo in natura é baixo, pode ser produzida para ser industrializada visando diversos fins alimentícios, como pode ainda ofertar matéria-prima para cosméticos.
O uso de mudas sadias provenientes de estacas clonadas favorece a precocidade do pomar, que pode entrar em produção a partir do segundo ano de cultivo. Para a sua expansão em regiões não tradicionais, como o Centro-oeste, pode-se incorporar novas tecnologias aplicadas à cultura, gerando lavouras de alto nível, principalmente com a utilização de técnicas como a irrigação, que com o correto manejo racional do uso da água, pode proporciona ganhos de produtividade em diferentes épocas do ano.

Autoria:
José Augusto Maiorano
Engenheiro agrônomo, mestre, pesquisador CDRS-SAA/SP – Divisão de Extensão Rural e especialista em Fruticultura
jose.maiorano@sp.gov.br

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